O jogo virou? CEOs agora temem que a IA possa roubar seus empregos
Simone Machado*
Colaboração para Tilt, em São José do Rio Preto (SP)
19/04/2024 04h01Atualizada em 19/04/2024 09h57
Quase metade dos diretores de empresas nos EUA, Reino Unido e Holanda temem que a Inteligência Artificial (IA) possa roubar os seus empregos. É o que aponta uma pesquisa feita pela empresa de consultoria de TI (tecnologia da informação) AND Digital, que entrevistou centenas de líderes empresariais nessas regiões.
Segundo o levantamento, 43% dos entrevistados disseram acreditar que a IA poderia assumir o seu cargo de CEO. Ao mesmo tempo, quase a mesma proporção - 45% - admitiu que toma decisões "com base em dados e informações usando o ChatGPT" (robô de conversas criado pela OpenAI).
Outros destaques da pesquisa
68% dos CEOs disseram que a adoção da IA no local de trabalho é uma questão de prioridade, mesmo que isso possa significar a perda ou diminuição de cargos.
No entanto, esses profissionais também demonstraram preocupação de como os colaboradores irão lidar com a implementação da IA no ambiente corporativo.
44% acreditam que os seus funcionários não estão preparados para usar essa tecnologia. E a saída para isso, segundo os CEOs, é a alfabetização digital dos colaboradores — 76% dos entrevistados afirmaram que há essa necessidade para a equipe.
É para se preocupar?
O levantamento apontou também que há líderes que baniram o uso de IA generativas (capazes de criar coisas), como o ChatGPT, do local de trabalho. O número daqueles que se mostraram avessos a implementar a tecnologia foi de 34%.
No ano passado, algumas grandes empresas, principalmente instituições financeiras, começaram a proibir o uso de robôs de conversa com IA em meio a relatos de que funcionários vazavam informações acidentalmente ao conversar com eles.
Apesar da preocupação por parte de muitos CEOs, como apontado na pesquisa, ainda é cedo para analisar se a IA tem grandes chances de ocupar importantes postos de trabalhos em grandes empresas. Afinal, são os CEOs os responsáveis por decidir como a IA se encaixará no local de trabalho.
*Com informações do site Futurism