Cientistas querem usar 'exército de baratas' para ajudar em resgates
Simone Machado*
Colaboração para Tilt, em São José do Rio Preto (SP)
19/04/2024 04h00Atualizada em 19/04/2024 16h44
Pesquisadores da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura, criaram um exército de baratas ciborgues que podem ser controladas remotamente para ir até um alvo pré-determinado.
O objetivo do experimento é analisar se os insetos conseguem explorar áreas, realizar leituras ambientais ou até mesmo ajudar no resgate de pessoas presas em escombros.
Segundo informações da New Scientist, em uma série de testes, os cientistas equiparam as baratas com uma espécie de mochila, com uma bateria, um pequeno sensor e uma antena para comunicação, que permite fazer o controle delas remotamente através de um computador central.
Essas mochilas transmitem comandos, emitidos por meio de eletrodos em cada lado dos órgãos sensoriais das baratas, informando-lhes em que direção seguir.
Os cientistas descobriram que é possível controlar 20 baratas ciborgues simultaneamente. Durante os experimentos, o software do computador central designou alguns insetos como líderes e os outros os seguiram.
Embora as baratas tenham sido direcionadas para a esquerda ou para a direita, elas conseguiam subir ou contornar obstáculos. Em alguns casos, algumas delas até ajudaram as que haviam virado de costas, colocando-as na posição correta novamente.
Os pesquisadores planejam agora os próximos passos do teste, que é transformando caranguejos arco-íris em ciborgues também. Assim eles podem mover para frente ou para os lados, na água ou na terra.
"O caranguejo pode ajudar as baratas. Estamos trabalhando nesse tipo de coisa, mas isso leva tempo", disse o líder da equipe e professor de engenharia mecânica da Universidade Tecnológica de Nanyang, Hirotaka Sato, à New Scientist.
*Informações New Scientist