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Com laser e IA: novos aparelhos prometem 'matar' e substituir celular

Ruam Oliveira

Colaboração para Tilt, de São Paulo

23/05/2024 04h05

Desde que ele foi inventado, não se passam seis meses sem que alguém queira matar o pobre do smartphone
Helton Simões Gomes, colunista de UOL

Nesta semana, os apresentadores do podcast Deu Tilt, Helton e Diogo Cortiz, também colunista do UOL, discutiram sobre as tecnologias que surgiram recentemente e querem substituir o celular.

No quadro "Vai de arrasta para Cima", a brincadeira é tratar fatos e produtos como se estivéssemos em uma rede social. Gostou, deixa o like. Não gostou, vai de arrasta. Os dois fortes concorrentes da vez a "matador" de smartphone são AI Pin e Rabbit. O que você acha?

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O AI pin é um broche com inteligência artificial que as pessoas podem colocar na lapela da roupa. Sem precisar tocar nele, o dispositivo prevê uma interação semelhante à encontrada nos smartphones.

Quando o usuário precisa clicar em algo, o AI Pin projeta um menu em uma superfície, como a palma da mão dela, e a pessoa pode selecionar funções, como ligar o Wi-Fi ou fazer uma ligação. A câmera do dispositivo ainda ajuda a descrever o que está diante da pessoa.

Isso é ótimo para quem tem alguma deficiência visual
Helton

Mas dizer que essas coisas vão matar o smartphone é um exagero
Diogo Cortiz, colunista do UOL

Rabbit e AI Pin: aparelhos com IA criados para substituir o smartphone Imagem: Divulgação

O Rabbit é um quadrado tecnológico apresentado como LAM (Large Action Model). O sistema entende a linguagem natural falada pela pessoa e propõe uma ação —por exemplo, chamar um carro da Uber sem precisar sequer abrir o aplicativo.

"Quando foi lançado, vi o maior hype nas redes sociais. Mas essas funcionalidades podem ser muito facilmente incorporadas ao smartphone. E as próximas gerações de sistemas já estarão preparadas para isso", comenta Diogo. "Geralmente, quem vira o matador de um produto é aquele que não se propõe a isso", pondera Helton.

Menos correria, mais diálogo: e se o Orkut ainda estivesse vivo?

Como seria o mundo se algumas decisões no mundo tecnológico não tivessem ocorrido são pauta do quadro "E, se?". Nessa semana, a pergunta da vez foi: "E se o Google não tivesse matado o Orkut?"

Ainda no universo dos relacionamentos, um trunfo do Orkut, segundo os apresentadores, foi a característica de criação de comunidades.

Acho que foi a primeira experiência da humanidade, de colocar pessoas para conversar de uma maneira remota, geograficamente espalhada, e em larga escala
Diogo Cortiz

Segundo os apresentadores, o Orkut apontou, em certo sentido, o futuro das redes sociais: a construção de comunidades. Hoje, as plataformas correm para criar grupo de interesse em torno de tema em comum.

Seu próximo crush pode ser uma IA

Na discussão sobre esses influenciadores sintéticos, a dupla comenta o ritmo acelerado com que essas personalidades têm crescido e como elas têm sido usadas de forma comercial e até para companhia ou namoro.

Com a popularização da tecnologia, começamos a criar novos influenciadores digitais que nascem por conta de agências publicitárias ou por pessoas avulsas que criam personagens. Tem também o fenômeno das namoradas digitais, as famosas AI girlfriend
Diogo Cortiz

Além das namoradas, há seres sintéticos que apostam na sensualização. No podcast, Diogo contou que conversou com Aitana, uma influenciadora digital com mais de 300 mil seguidores. Criada por uma agência de publicidade espanhola, a jovem de cabelos rosa, aparenta ter 25 anos e se descreve como "gamer" e "fitness lover".

Eu fui conferir o perfil da Aitana no Instagram e em alguns momentos até pensei que ela fosse humana, mas esse sentimento me veio porque cada vez mais as redes sociais criam jeitos de fazer com que os seres humanos pareçam artificiais
Helton Simões Gomes

FAQ

O escritor Jeferson Tenório, autor de livros como "Estela sem Deus" e "O Avesso da Pele" participou do quadro final do programa perguntando sobre privacidade na internet e como é possível proteger as informações pessoais no universo online.

Deu Tilt

Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio completo.

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