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Novo cometa detectado e pode ficar visível da Terra com 'superbrilho'

Cometa Imagem: Blake Estes (itelescope.net)

Do UOL, em São Paulo

23/05/2024 18h46

Um novo cometa - batizado como C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) - foi avistado por dois programas de observação astronômica neste primeiro semestre e deverá ser uma das atrações no céu ainda em 2024.

O que aconteceu

De acordo com a previsão dos astrônomos, a aproximação do objeto da Terra deverá acontecer em 13 de outubro. O acercamento do Sol, também chamado de periélio, deve ocorrer em 28 de setembro.

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O cometa poderá brilhar com uma magnitude variando de 0,7 a 0,2, similar a algumas das estrelas mais brilhantes. Essa escala de brilho, porém, é reversa. Ou seja, significa que quanto mais brilhante for o objeto, menor será o número de magnitude.

Assim, à medida que o C/2023 A3 se aproxima do Sol, não somente o seu brilho aumentará, como poderá atingir uma magnitude -5, que está no mesmo nível do planeta Vênus, com magnitude -4,7, segundo informações do site 'Salon'.

Os cometas não são previsíveis e alguns fatores podem afetar a sua visibilidade. Nesta lista, pode-se incluir desde a falta de brilho intenso à desintegração do objeto durante o caminho que percorre. No passado, houve cometas que não corresponderam às expectativas.

Como C/2023 A3 foi descoberto

O fenômeno foi avistado pela primeira vez em 22 de fevereiro pelo telescópio Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS) na África do Sul. O local é um projeto financiado pela NASA, que também conta com telescópios no Chile e dois no Havaí.

C/2023 A3 (Tsuchinshan/ATLAS) Imagem: Wikimedia Commons

O objeto também foi verificado pelo Observatório da Montanha Púrpura (Tsuchinshan) na China. O espaço foi criado em 1934 e ficou conhecido por encontrar cometas no passado.

O que são cometas

Segundo o Observatório Nacional, os cometas são objetos feitos principalmente de gases congelados, rocha e poeira. Eles se tornam ativos à medida que se aproximam do Sol. Isso porque o calor do astro aquece o cometa de forma rápida, fazendo com que seu gelo se transforme em gás. Neste processo de sublimação, forma-se uma nuvem ao redor do cometa conhecida como "coma".

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