De 'gêmeo digital' a alerta: as tecnologias para evitar tragédia climática
O Rio Grande do Sul vive uma das piores catástrofes climáticas de sua história. Submerso em águas das enchentes, o estado está em situação de calamidade, com moradores desabrigados, desaparecidos e mortos.
A partir de uma pergunta enviada por Cris Fibe, colunista do UOL que escreve sobre direitos humanos e questões de gênero, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes, apresentadores do podcast Deu Tilt, discutiram de que forma a tecnologia pode ser um auxílio em casos de desastres ocasionados pela crise climática.
Eu começaria essa questão pensando em tecnologias que hoje em dia já poderiam ser usadas, não para prevenir, mas para avisar as pessoas, para que elas tivessem o mínimo de tempo para deixar suas casas e se preparar para o que viesse
Helton Simões Gomes
Um dos exemplos é o Cell Broadcast, tecnologia criada pelo governo federal para emitir alertas de desastres naturais. O sistema está disponível desde o ano passado e poderia ter sido usado neste ano durante as enchentes do RS.
"Acho que essa questão dos alertas é um dos pontos principais. Hoje em dia todo mundo tem smartphone", comentou Diogo Cortiz.
Dado esse momento de mudança climática e eventos extremos, o avanço da própria tecnologia traz um pouco mais de previsibilidade para aquilo que é imprevisível. Vários fatores continuam imprevisíveis, mas com a quantidade de dados e simulações [existentes], talvez a gente consiga trazer mais previsibilidade
Diogo Cortiz
Diogo lembra que algumas empresas como a Nvidia e o Google, possuem projetos capazes de antecipar determinados eventos. Um exemplo é o Flood Forecasting, uma solução que utiliza inteligência artificial para prever enchentes com até sete dias de antecipação.
"Mas existe um sistema brasileiro que faz mais ou menos a mesma coisa, mas, como recebe dados do campo, ou seja, mais ricos, consegue prever com até 15 dias de antecipação. Com 15 dias dava para todo mundo ter saído de lá, dava para fazer um plano de contingência, pensar no que fazer, e a tragédia não só climática, mas humana, seria bem menos impactante", argumentou Helton.
O colunista do UOL citou ainda que já há tecnologia para prevenir desastres. Uma possibilidade seria a dos Gêmeos Digitais, modelos virtuais que replicam objetos físicos.
Tecnologia não falta, acho que o problema está em outro lugar
Helton Simões Gomes
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Deu Tilt
Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo.
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