Já reparou nelas? Por que existem saliências nas letras F e J do teclado

As saliências presentes nas teclas F e J do teclado de um computador podem passar despercebidas por muitos usuários, mas desempenham um papel crucial na digitação.

Afinal, por que isso existe?

Encontrando a melhor posição. Os pequenos traços salientes encontrados nos botões F e J existem para ajudar os usuários a posicionar as mãos esquerda e direita no teclado.

Sem desviar o olhar da tela. Ou seja: assim, podem localizar as teclas corretas sem olhar para baixo, colocando as mãos na posição ideal para digitar.

Localizando o restante das teclas. Com os dedos indicadores nas duas teclas diferenciadas, a mão esquerda cobre o A, S, D e F, enquanto a direita cobre o J, K, L e dois pontos. Ambos os polegares costumam repousar na barra de espaço.

Outras adaptações também foram testadas para aumentar a velocidade e a precisão do usuário no teclado, segundo o The Independent. Entre elas está aumentar as bordas das teclas A, F, J e ponto e vírgula.

Mesmo com esses "truques", cada pessoa tem uma forma de digitar em um teclado. De acordo com a BBC, a forma de digitar e a maneira como as teclas são apertadas podem, inclusive, revelar a identidade de uma pessoa. Essa técnica nada mais é do que a aplicação da grafologia — estudo que usa a análise da escrita para deduzir traços de personalidade — na era do teclado.

E por que o teclado é nessa ordem?

A ideia de que o layout QWERTY, projetado por Christopher Latham Sholes, foi criado apenas para evitar que as teclas enrosquem é bastante difundida, mas é um boato.

Basta ver que as letras "R" e "T", por exemplo, estão mais ao centro que o "ponto final", usado com menos frequência e que poderia ser um alívio para as teclas não emperrarem.

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Os teclados passaram por várias adaptações, parecendo-se com teclas de piano em um determinado período. O primeiro teclado de Sholes adotou essa ideia e recebeu uma patente nos Estados Unidos, mas não teve sucesso comercial imediato.

Mais tarde, a American Telegraph Works prometeu comprar várias máquinas de escrever, desde que fossem feitas várias melhorias, incluindo uma mudança na disposição do teclado.

Assim começou o desenvolvimento do teclado QWERTY que conhecemos hoje, projetado para a conveniência dos operadores de telégrafo que transcreviam o código Morse.

É por isso, por exemplo, que o Z fica ao lado do S e do E, já que Z e SE são indistinguíveis no código Morse americano. Ao receber esse código, o aparelho receptor do telégrafo aguardava por um instante até receber mais informações e esclarecer do que se tratava.

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