Ray-ban da Meta, Apple Vision: óculos até tentam, mas não são nova onda
As Big Tech estão empenhadas em fazer os óculos tecnológicos serem algo útil. Além do Apple Vision Pro e do Rayban da Meta, outras organizações estão testando ferramentas semelhantes que vão tornar essa tecnologia ainda mais presente no cotidiano das pessoas.
Pensando em tudo como se a vida fosse uma rede social, o quadro "Arrasta pra cima", do Deu Tilt, podcast do UOL sobre os humanos por trás das máquinas, lançou o questionamento: os óculos são a nova bola da vez da computação vestível?
Diogo Cortiz, professor, pesquisador e apresentador do podcast ao lado de Helton Simões Gomes, editor de Tilt, deu like na ideia. "Há alguns episódios nós falamos dos matadores de iPhone e eu fui de 'arrasta pra cima'; mas [os óculos] eu acho que trazem uma utilidade", afirma Cortiz.
"Eu testei o Rayban da Meta e eu achei muito legal, principalmente a integração do óculos da Meta com o Meta AI. Acho que é um caminho, principalmente esse óculos mais normais, não o Vision Pro, que vai precisar de gerações até conseguirmos uma coisa mais usável no dia a dia", destaca.
Helton argumenta que no caso do Vision Pro a proposta é outra. Ele sugere que após novas atualizações, talvez o gadget esteja até mesmo à frente de outros óculos que têm tecnologia embutida. "Ele [Apple Vision Pro] vai integrar o mundo virtual ao mundo físico de uma forma visível, de modo que todo o conceito que vimos discutindo sobre metaverso vai fazer todo sentido", diz.
Diogo Cortiz lembrou que a Meta também possui uma versão de óculos semelhante ao Vision Pro chamado Meta Quest, que também está na disputa dentro desse filão de mercado.
O pesquisador deu like na ideia porque acredita que o propósito desses óculos não é eliminar os smartphones, mas ampliar as possibilidades de interação com a tecnologia e os ambientes virtuais.
"Assim como os relógios inteligentes, quando surgiram, se propuseram a ampliar as capacidades dos smartphones, se os óculos forem esse tipo de aparelho eu vou de like. Mas se eles se propuserem a ser um substituto, acho que será preciso um salto de usabilidade, que a experiência vai ficar incompleta, gerando outros problemas", comenta Helton.
Do polegar à memória: é assim que corpo humano é deformado pela tecnologia
'Design manipulativo' e mais: os 'trombadinhas da atenção' das Big Techs
Deu Tilt
Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo.
Deixe seu comentário