Star Trek: 4 fundamentos científicos da saga de 'Jornada nas Estrelas'

Desde sua estreia em 1966, Star Trek (Jornada nas Estrelas) se consolidou como um marco na cultura pop, ao lado de obras como Star Wars e Doctor Who.

A franquia, criada por Gene Roddenberry, nos convida a explorar um universo futurístico repleto de inovações tecnológicas e reflexões sobre o futuro da humanidade.

Ao longo de mais de 10 filmes e diversas séries, Star Trek não apenas entreteve, mas também inspirou gerações.

As ideias visionárias dos roteiristas e consultores científicos da franquia influenciaram diretamente o desenvolvimento de tecnologias que hoje fazem parte do nosso dia a dia.

Da ficção à realidade

Na década de 1960, a tecnologia presente em Star Trek parecia algo distante e inalcançável. No entanto, a criatividade e o rigor científico dos produtores permitiram a criação de conceitos que, com o tempo, se tornaram realidade.

Um exemplo emblemático são as portas automáticas, presentes em diversos ambientes hoje em dia. Na série original, elas já eram uma presença marcante na espaçonave Enterprise, antecipando uma tecnologia que se tornaria comum a partir dos anos 1970.

Outro elemento que desperta a fascinação dos fãs é o replicador, uma máquina capaz de materializar qualquer objeto a partir de um simples comando.

Embora ainda não tenhamos dominado a materialização instantânea, a impressão 3D oferece um processo semelhante, permitindo a criação de objetos, alimentos e até mesmo órgãos com o auxílio de impressoras e diversos tipos de filamentos.

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Star Trek não foi a primeira obra de ficção científica a usar conceitos e tecnologias que eventualmente se tornaram realidade.

Livros da década de 1930, por exemplo, apresentaram ideias inovadoras que foram concretizadas ou estudadas por pesquisadores.

"Muitos dos cientistas, engenheiros e físicos de hoje — além de matemáticos, químicos e astronautas — foram inspirados por Star Trek na infância a seguir essas carreiras", disse Andrew Fazeka, autor de 'Star Trek: o guia oficial do nosso universo', ao comentar a influência da franquia na formação de muitos profissionais.

Antimatéria

A antimatéria, um conceito científico real, foi mencionada pela primeira vez na série original dos anos 1960 e em várias outras produções do filme. A série explora motores que utilizam antimatéria; embora isso ainda não seja uma realidade, a antimatéria é.

Proposta pelo físico Paul Dirac em 1928, a antimatéria ganhou popularidade após o lançamento de Star Trek. Ela é o inverso da matéria; cada partícula tem uma contraparte com carga elétrica oposta. Por exemplo, para cada elétron existe um pósitron e para cada próton, um antipróton.

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Táquions

Os táquions, frequentemente mencionados em Star Trek, também já eram conhecidos na ciência antes da série. São partículas hipotéticas que podem superar a velocidade da luz.

Proposta inicialmente pelo físico Arnold Sommerfeld, essa hipótese foi estudada por vários cientistas. Na franquia, os táquions possibilitam viagens rápidas e equipam outras tecnologias fictícias. Embora previstos teoricamente, os táquions nunca foram confirmados em experimentos.

Phaser

O Phaser (PHASed Energy Rectification) é uma arma usada na franquia para ferir ou imobilizar inimigos, um tipo de arma a laser. Embora ainda não exista algo igual, a ciência sugere que é possível criar armamentos com tecnologia laser. Por exemplo, a Divisão de Defesa Aérea do Exército dos EUA está desenvolvendo um tipo de Phaser para eliminar drones.

Robôs

Robôs são um tema recorrente em obras de ficção científica. Na série Star Trek: The Next Generation, o personagem Data é um robô com aparência e características mentais humanas. Ainda não atingimos esse nível, mas diversas empresas estão trabalhando para construir androides funcionais, como a SpaceX.

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