Mortos e mumificados: crocodilos eram capturados para prática religiosa
Múmias de animais já foram descobertas por pesquisadores ao longo da exploração do Egito. Os adorados gatos, leões e, inclusive, os crocodilos. Símbolo famoso entre os antigos egípcios, os crocodilos representavam poder, força e proteção. Venerados, os animais eram centros de atividades sagradas dedicadas exclusivamente a eles.
Mas uma dúvida que rodeava os pesquisadores era como os egípcios conseguiam capturar tantos animais para as práticas religiosas. Um novo estudo, publicado no periódico Digital Applications in Archaeology and Cultural Heritage, conseguiu responder a essa pergunta.
Os pesquisadores descobriram que os animais eram caçados e mumificados quase imediatamente depois de serem capturados — e não criados em cativeiros, como outros estudiosos acreditavam.
Como cientistas fizeram descoberta
Os autores do estudo analisaram um crocodilo mumificado de 2,2 metros, que ficava no Museu e Galeria de Arte de Birmingham, no Reino Unido. Eles utilizaram imagens de raio-X e tomografia computadorizada.
Os pesquisadores encontraram um anzol de bronze dentro do estômago dele, além de um peixe ainda não digerido.
O anzol mostra que o animal não foi criado em cativeiro, como alguns estudiosos sugerem. O peixe dentro do estômago seria um indicativo de a mumificação ocorrer logo após a morte do animal.
O aparente curto intervalo de tempo entre a ingestão do peixe e a morte do animal sugere que o crocodilo foi capturado na natureza e a carcaça processada para mumificação pouco depois. Autores do estudo
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