Morto revivendo e voto poliglota: Índia ensina o mundo a usar IA na eleição

Cortiz comenta que a tecnologia foi usada na Índia para aplacar questões do contexto cultural do país. Por lá, há mais de um idioma oficial. Para alcançar mais eleitores, alguns candidatos usaram "deepfake" para produzir vídeos em que discursavam em várias línguas. Conhecida por colocar digitalmente o rosto de pessoas em corpos diferentes dos delas, a técnica também pode ser usada para indivíduos falarem o que não disseram.

Os indianos também usaram IA para ressuscitar figuras emblemáticas da vida política e fazer com que elas apoiassem candidatos. A popularização dessa tecnologia só foi possível devido ao amplo uso de plataformas de código aberto, conta Cortiz.

A personalização das mensagens direcionadas aos eleitores foi outro caráter da campanha na Índia, desta Helton. O país é um pólo de desenvolvimento de inovações tecnológicas. Empresas que antes investiam na criação de avatares de IA para atores de Bollywood adaptaram a tecnologia para atender candidatos.

Usar avatar de candidato, chatbot para conversar com eleitor? Tinham casos na Índia em que ligavam para as pessoas usando a voz de um candidato, em idiomas que os candidatos não falavam
Helton Simões Gomes

E no Brasil? Tudo isso será possível? Os apresentadores lembram que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) restringe o uso de IA de diversas formas na corrida eleitoral. Avatares de políticos, por exemplo, não poderiam ser criados pelas campanhas.

Todas essas aplicações não passariam do Atlântico para cá. Só tem uma questão: o TSE veda essas práticas para o candidato, mas ele não consegue vedar para os apoiadores
Helton Simões Gomes

A legislação serve para a campanha oficial, mas o que vai ter de coisa rolando nas redes sociais feitas por apoiadores? Por isso falamos da importância de criar mecanismos de identificação de conteúdo nas grandes plataformas
Diogo Cortiz

O que está por trás das derrotas da IA no Brasil, Europa e EUA?

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A inteligência artificial enfrenta um revés inédito desde que caiu no gosto popular no fim de 2022. Uma postura mais crítica por parte de autoridades regulatórias e até de outras empresas vêm travando o avanço dessas ferramentas. É o que vem acontecendo na Europa, nos Estados Unidos e também no Brasil.

Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes também discutiram as razões por trás das várias derrotas de ferramentas de IA pelo mundo.

Isso foge de uma questão somente técnica. Se a inteligência artificial está sendo barrada, é porque é uma nova tecnologia que surge e levanta vários debates que fogem dessa área
Diogo Cortiz

Galaxy Ring: anel da Samsung vai brilhar ou ser só mais um acessório?

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As tecnologias vestíveis estão chegando a um novo patamar. Além de broches, relógios, óculos e outros computadores que podem ser usados como acessórios, agora chega ao mercado um anel inteligente. É o Galaxy Ring, da Samsung.

No quadro "Arrasta pra cima" do podcast Deu Tilt, em que Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz encaram a vida como se fosse uma rede social, a bola da vez foi o lançamento da Samsung. O aparelho promete monitorar dados biológicos e de saúde - algo parecido com o que os smartwatches fazem.

A gente já viu relógio, broche, óculos e computadores vestíveis em tudo quanto é canto e agora ele chegou ao nosso dedo
Helton Simões Gomes

DEU TILT

Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo.