HyperOS 2.0: celular da Xiaomi pode ter função que detecta câmera escondida
Um novo recurso da Xiaomi, nomeado Camera Scan, vazou antes do anúncio oficial. Se implantado, ele será capaz de realizar uma varredura do ambiente e alertar o usuário caso encontre sinais considerados ameaçadores e que podem estar conectados a câmeras ou microfones. A nova funcionalidade, que deve ser lançada em outubro, é desenvolvida em meio ao aumento de flagras de câmeras escondidas, principalmente em quartos de hotéis.
Novidade visa a privacidade e a segurança do usuário
Recurso deve ser incluído no HyperOS 2.0. De acordo com o portal XiaomiTime, a funcionalidade será uma das melhorias do próximo sistema operacional, com lançamento previsto para outubro deste ano.
Pesquisa baseada em redes sem fio. A função de detectar câmeras escondidas será por meio de pesquisas baseadas em WLAN (redes locais sem fio), buscando e identificando sinais de aparelhos que estejam nas proximidades. O recurso, que foi vazado antes do anúncio oficial pela empresa, promete garantir mais segurança e privacidade aos usuários de dispositivos fabricados pela Xiaomi.
Ideia já era discutida em plataforma especializada. A ideia da Xiaomi pode ter tido inspiração na ferramenta Ingram, disponível na plataforma GitHub. A Ingram foi projetada para detectar vulnerabilidades de webcams por meio da varredura de endereços IP e pode ter oferecido à empresa chinesa embasamento para o desenvolvimento de sua própria tecnologia.
Relatos denunciam câmeras escondidas. Nos últimos meses, diversos relatos denunciaram a presença de câmeras escondidas em quartos de motéis, hotéis e cômodos alugados. Provadores e banheiros públicos também são locais sujeitos à implantação de câmeras ocultas. Em alguns casos, as câmeras estão escondidas atrás do espelho ou até mesmo nas tomadas do local.
Utilização de câmeras escondidas pode ser configurada como crime. Na maioria dos relatos, os envolvidos acreditam que a câmera encontrada foi implantada para flagrar nudez ou sexo. Segundo o artigo 216-B do Código Penal, é crime "produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes". A pena vai de seis meses a um ano, além de multa.
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