Caixa-preta de avião que caiu em Vinhedo é recuperada; como ela funciona?

A caixa-preta do avião da Voepass que caiu nesta sexta-feira (9) em Vinhedo (SP) foi recuperada em bom estado, informou o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). O acidente matou 61 pessoas.

Também chamada de gravador de voo, a caixa-preta registra todas as informações durante o trajeto, em dados e áudio. A ferramenta é essencial para entender as causas de um acidente e prevenir casos parecidos no futuro.

Os modelos são projetados para resistir às condições extremas de tragédias aéreas. Algumas caixas-pretas permitem armazenar até 25 horas de informações —como altitude, meteorologia e velocidade.

O dispositivo surgiu em 1953 por David Warren, do Laboratório de Pesquisa Aeronáutica da Austrália. O cientista notou que a conversa na cabine durante uma emergência seria útil para prevenir erros parecidos. No final da década de 1960, o aparelho já era muito usado em voos comerciais.

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Imagem: Arte UOL

Caixa-preta é laranja

Os dispositivos têm a cor laranja, o que ajuda a localizá-los nos destroços de um acidente aéreo. A origem do nome seria porque os primeiros modelos teriam sido feitos na cor preta.

Onde a caixa-preta fica?

Aparelho é geralmente colocado perto da cauda do avião, um local considerado menos vulnerável ao impacto de um acidente. Isso aumenta a chance da integridade após um choque, segundo a National Transportation Safety Board (agência de investigação de acidentes aéreos dos EUA).

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Caixa-preta funciona no mar

Transmissão sonora pode ocorrer a mais de 4.200 metros de profundidade e, na teoria, dura pelo menos 30 dias. Além disso, caixas-pretas são feitas com materiais altamente resistentes (como titânio) e projetadas para suportar fogo, em temperaturas de até 1.100°C, por 30 minutos, pelo menos.

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