Brasileira cria técnica para plantar em Marte quando humanidade chegar lá

Não é só o Matt Damon que planta batatas em Marte. Em uma futura colonização, não serão os brasileiros a perder a oportunidade de dar sua contribuição na área alimentícia.

Decidida a buscar solução para os escassos recursos do planeta vermelho, a astrobióloga brasileira Rebeca Gonçalves utiliza uma técnica da civilização maia para simular a agricultura no solo extraterrestre. Ela atua no Centro de Análise em Sistemas de Colheita da Universidade de Wageningen, nos Países Baixos,

A técnica usada no estudo é a policultura, socialização de culturas ou consorciação, que basicamente usa um mesmo espaço de terra para plantar espécies que têm qualidades complementares, para que uma ajude no desenvolvimento da outra
Ana Bonassa, Nunca Vi 1 Cientista

Para realizar o estudo, os pesquisadores selecionaram ervilhas, cenouras e tomates-cereja.

Cada um deles tem uma função muito específica nessa equação. As ervilhas farão o trabalho de transformar nitrogênio em amônia, que vai atuar como fertilizante. Já a cenoura foi escolhida porque ajuda a arejar o solo. O tomate-cereja contribui com o crescimento dos outros dois legumes quando é plantado por perto.

Porém, o estudo está sendo realizado na Terra e não em Marte. Como garantir que vai dar certo?

Dados coletados pela Nasa permitiram identificar a composição do solo de Marte, que é chamado de regolito, e desenvolver um material parecido aqui: um regolito retirado de um vulcão do Havaí e do deserto de Mojave, nos EUA
Ana Bonassa, Nunca Vi 1 Cientista

A pesquisa desenvolvida por Rebeca Gonçalves não só contribuirá com a agricultura marciana. Também auxilia a melhorar os solos do nosso planeta.

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As técnicas de consorciação também são comprovadamente eficazes para regenerar solos agrícolas que foram degradados
Ana Bonassa, Nunca Vi 1 Cientista

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