'Morte' da busca: Google começa a liberar resumo feito por IA na pesquisa

O Google começou a liberar nesta quinta-feira (15) no Brasil as Visões Gerais criadas por IA (inteligência artificial), mudando a forma como se pesquisa na internet. Na prática, ao fazer uma busca, em vez de retornar vários links, o resultado será um resumo criado por inteligência artificial.

O que aconteceu

O recurso foi inicialmente anunciado durante a conferência Google I/O 2024, realizada em maio, na Califórnia (EUA). Antes em teste nos Estados Unidos, hoje ele passa a ser disponibilizado para usuários do Brasil, Índia, Japão, México, Indonésia e Reino Unido. As Visões Gerais criadas por IA começam a chegar aos poucos para as pessoas tanto na busca por celular como no navegador do computador.

Nos EUA, durante o período de testes, o sistema dava respostas esquisitas, como sugerir quantas pedras comer por dia e o uso de cola para grudar melhor o queijo na pizza. Após a repercussão, o Google informou que a ferramenta estava "alucinando" (quando responde coisas sem nexo) e que estava sendo aprimorada.

A funcionalidade muda como os resultados da busca são apresentados, dando prioridade para um resumo gerado por inteligência artificial e, posteriormente, incluindo links relacionados ao tema.

Observamos que, com essa experiência, as pessoas estão visitando uma variedade maior de sites para obter ajuda com questões mais complexas. Além disso, quando os usuários clicam nas páginas de resultados de pesquisa a partir desse recurso, esses cliques são de maior qualidade para os sites, pois os usuários tendem a permanecer mais tempo
Google em blogpost sobre as Visões Gerais criadas por IA

O Google diz que trabalha internamente em uma forma de incluir links no texto do resumo, em um esforço para "priorizar abordagens que levem tráfego a sites relevantes". Atualmente, a Visão Geral Criada por IA mostra os links que o Google usou para resumir o assunto.

As atualizações na busca do Google surgem em meio a preocupações expressas pelo setor de mídia sobre a possibilidade de perder o tráfego, já que as pessoas tenderiam a acessar menos as páginas para se informar sobre um assunto.

*Com informações da Reuters

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