Drone substitui ser humano na inspeção de torre de transmissão de energia
Os drones caíram no gosto popular por fazer filmagens de boa qualidade em lugares de difícil acesso. Agora, essas máquinas voadoras estão sendo usadas para substituir humanos. Mas é por um bom motivo.
A pedido de uma companhia de energia elétrica, o Instituto Eldorado, um dos maiores centros de pesquisa do Brasil, criou uma forma de drones fazerem inspeções em torres de energia. A atividade é perigosa para os funcionários de carne e osso, devido à possibilidade de choques elétricos e até quedas de grandes alturas.
Existe um risco de acidentes com pessoas que sobem em torres [de energia] para verificar se há oxidação
Mateus Pierre, diretor de software e inovação do Instituto Eldorado
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Em visita da reportagem de Tilt ao centro, que fica em Campinas, no interior de São Paulo, Pierre explicou como a tecnologia foi criada.
Diferentes sensores foram implantados no drone para coletar sinais do mundo externo. A partir daí, esses componentes foram integrados por meio de um sistema de inteligência artificial embutido no drone.
Tudo isso permite que a máquina voadora identifique a torre a ser inspecionada, vá até ela, mantenha uma distância segura devido ao campo magnético e fotografe os objetos a serem inspecionados.
Essas imagens são processadas dentro do drone sem a necessidade de serem enviadas para a nuvem. A própria máquina cria um relatório sobre as peças aptas para uso e aquelas que devem ser trocadas ou consertadas.
Devido a um acordo de confidencialidade, Pierre não revela o nome da empresa de energia elétrica que contratou o projeto.
Outros dispositivos
Além do drone, o Instituto Eldorado criou um veículo autônomo para executar tarefas similares à máquina voadora, mas no chão. Dada uma rota, o carrinho segue o percurso até seu destino. Usa seus sensores para evitar obstáculos e entraves.
São dois bons exemplos de trabalhar diferentes tecnologias com o propósito de criar um produto que vai ser útil e vai ajudar as empresas a abordar problemas que têm hoje
Mateus Pierre, diretor do Instituto Eldorado
Ambos os projetos estão relacionados com o conceito de inovação aberta. O pesquisador afirma que o mundo vive atualmente uma era exponencial, na qual uma única empresa tem dificuldade para dominar todas as tecnologias e, trabalhar em parceria com organizações com diferentes espectros de desenvolvimento ajuda na produção de seus próprios equipamentos.
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