'Humanidade não é única vida inteligente', diz ex-funcionário do Pentágono

Em um livro de memórias, um ex-funcionário do Pentágono, a sede do departamento de defesa dos EUA, revelou detalhes da caça aos óvnis feita pelo país.

Grupo supersecreto

Luis Elizondo foi oficial de inteligência militar de alta patente. Ele dirigiu programas altamente confidenciais para a Casa Branca e para o Conselho de Segurança Nacional. Também trabalhou no Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais, que investigava relatos de óvnis.

No livro, ele fala sobre um grupo supersecreto de recuperação de acidentes com objetos voadores não identificados. Segundo o ex-oficial, a equipe teria recuperado tecnologias e restos biológicos de origem não humana. As informações são do jornal The New York Times, que teve acesso antecipado ao livro "Imminent: Inside the Pentagon's Hunt for UFOs" (em tradução livre, "Iminente: Por dentro da Caçada do Pentágono aos Óvnis).

A humanidade, de fato, não é a única vida inteligente no universo, nem a espécie alfa.
Luis Elizondo, ex-oficial do Pentágono, em livro de memórias

Departamento de defesa dos EUA nega versão. Sue Gough, porta-voz do órgão, disse que o programa do Pentágono que atualmente trabalha com avistamentos de óvnis —ou UAP, para fenômenos anômalos não identificados— "não descobriu nenhuma informação verificável para comprovar alegações de que quaisquer programas relacionados à posse ou engenharia reversa de materiais extraterrestres tenham existido no passado ou existam atualmente".

Elizondo descreve encontros pessoais com óvnis. O militar relata que orbes verdes brilhantes, do tamanho de uma bola de basquete, visitaram sua casa enquanto ele trabalhava para o Departamento de Defesa. Isso teria ocorrido repetidas vezes por mais de sete anos. Os objetos teriam sido vistos por sua esposa, as duas filhas e seus vizinhos.

Ele também expressa preocupação com a humanidade. O ex-funcionário fala da existência de uma tecnologia que excede o conhecimento dos EUA e de outros países. "A inteligência não humana que a controla representa, na melhor das hipóteses, um problema de segurança nacional muito sério e, na pior das hipóteses, a possibilidade de uma ameaça existencial à humanidade", escreveu.

Tecnologia além da próxima geração

O militar traz, ainda, detalhes do que presenciou. Elizondo diz que o programa que liderou investigou avistamentos, quase acidentes e outros encontros entre UAP e jatos da Marinha. Ele também afirma ter coletado dados de incidentes envolvendo operações militares e de inteligência, incluindo imagens de manobras extraordinárias de aeronaves que foram repetidamente capturadas por sensores sofisticados.

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Ele diz saber que veículos demonstrando "além da tecnologia de próxima geração" vêm sendo observados desde a década de 1940. No início da década seguinte, quando óvnis se tornaram uma preocupação de segurança nacional, um sigilo rigoroso foi imposto. "Quem controlasse tal tecnologia poderia controlar o mundo", escreveu Elizondo.

Pentágono autorizou publicação do livro. A obra foi publicada nesta terça-feira (20) nos EUA pela HarperCollins, após uma revisão de segurança de um ano do Pentágono. Mas a autorização não significa endosso. Apesar da aprovação, ele precisou atribuir algumas das informações a outras fontes cujos comentários haviam sido autorizados anteriormente. Elizondo também só pôde falar do seu envolvimento no programa que liderou, nenhum outro mais.

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