Empresa de brasileiros cria sensor com IA para detectar câncer de mama
Detectar precocemente o câncer de mama, um dos tipos mais comuns entre mulheres, pode contribuir para o tratamento.
Esse é o propósito da startup Linda Lifetech, criada por brasileiros. Ela desenvolveu uma tecnologia para encontrar sinais de câncer de mama antes dos exames convencionais. Para isso, combina celular e inteligência artificial.
Esse método pode ajudar a detectar tumores que ainda não estejam facilmente visíveis em exames de imagem mais convencionais. Com o resultado, e caso haja algo a ser investigado, o médico solicita exames complementares
Ana Bonasa, Nunca Vi 1 Cientista
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A empresa, sediada no Canadá, usa um sensor infravermelho que, combinado à câmera do celular, gera um mapa de calor das mamas.
A imagem produzida nesse processo é enviada para análise em um servidor da empresa na nuvem. A inteligência artificial entra em cena para comparar com outras em um banco de dados gigantesco e, assim, identificar indícios ou padrões suspeitos. O processo é parecido com uma mamografia, mas mais ágil.
Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), entre 2023 e 2025 são estimados 73.610 novos casos de câncer de mama por ano no Brasil.
O Linda Lifetech está sendo testado e usado em aproximadamente 3 milhões de mulheres em alguns municípios brasileiros. A ideia é expandir os serviços para todo o Brasil, Canadá, Estados Unidos e Europa nos próximos anos
Ana Bonasa, Nunca Vi 1 Cientista
Desde que foi criada, a Linda Lifetech já fez mais de 12 mil exames e a empresa possui parceria com redes públicas de saúde em São Paulo, Maranhão e Pernambuco. Além disso, eles realizam ações com ONGS, como a Associação Mulheres de Peito.
De acordo com Luis Renato Lui, um dos fundadores da empresa, a ideia não é acabar de vez com os mamógrafos, mas ser algo complementar a eles, permitindo acelerar processos de diagnósticos.
A SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia-SP) é contra o rastreamento de câncer de mama com termografia, seja quando feito isoladamente ou em conjunto com a mamografia.
Em nota, a organização afirma que "os possíveis danos provavelmente superam os possíveis benefícios". A SBM pontua ainda que a termografia é válida apenas como método de rastreamento e diagnóstico em pesquisas.
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