Observatório astronômico usado há mais de 2.000 anos é descoberto no Egito
Colaboração para Tilt
29/08/2024 12h43Atualizada em 30/08/2024 09h58
Durante uma missão arqueológica no Egito, pesquisadores descobriram o mais antigo e maior observatório astronômico do século 6 a.C. Em uma área de aproximadamente 850 metros quadrados, foram encontrados instrumentos para registrar fenômenos celestes e paredes decoradas com pinturas que simbolizam sistemas cósmicos.
Construção de grande importância
O edifício, situado no Templo de Buto em Tell el-Fara'in, na província de Kafr El Sheikh, a aproximadamente 130 quilômetros de Cairo, foi construído com tijolos de barro e servia para observar e documentar eventos astronômicos, como a movimentação dos astros, do sol a constelações.
Relacionadas
O Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito detalhou a descoberta na última sexta-feira (23). Foram encontradas cinco salas de tijolos, possivelmente utilizadas para armazenar ferramentas, além de quatro pequenas salas, também de tijolos, e uma pequena sala de pedra - a torre do observatório.
Entre as descobertas havia um relógio de sol de pedra inclinado, também chamado de relógio de sombra inclinado. Este instrumento era usado na antiguidade para medir o tempo e era considerado uma das ferramentas mais avançadas da época para essa finalidade.
Em junho, tumbas foram descobertas
Há pouco mais de dois meses, em 24 de junho, o Egito anunciou a descoberta de 33 tumbas familiares da era tardia e greco-romana perto de Assuã. Essas tumbas contêm restos de múmias que ajudarão a entender melhor as doenças da época, conforme informou o Ministério do Turismo e Antiguidades.
A missão arqueológica que trabalha perto do mausoléu de Aga Khan descobriu 33 tumbas que datam dos períodos tardio (712 a 332 a.C.) e greco-romano (332 a.C. ao século 4 d.C.), informou o Ministério em comunicado.
Os arqueólogos encontraram "ferramentas funerárias e restos de múmias que nos permitem saber mais sobre as doenças" que prevaleciam na época, segundo a mesma fonte.
"Algumas múmias apresentam sinais de anemia, desnutrição, doenças pulmonares, tuberculose e osteoporose", disse Patricia Piacentini, chefe da parte italiana da missão e professora de Egiptologia na Universidade de Milão.
Desde 2018, a missão egípcio-italiana tem escavado a área ao redor do mausoléu de Aga Khan, na margem ocidental do Nilo, em frente ao centro de Assuã, onde está enterrado Sir Sultan Mohamad Shah, considerado na sua época o homem mais rico do mundo.
*Com informações de reportagem publicada em 24/06/2024