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Bloqueio do X: VPN vai permitir que rede social siga funcionando no Brasil?

O acesso ao X, o antigo Twitter, pode ser suspenso no Brasil em breve Imagem: Clodagh Kilcoyne/Reuters

Colaboração para Tilt*

30/08/2024 12h35Atualizada em 30/08/2024 18h06

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandou suspender, nesta sexta-feira (30), o funcionamento da rede social X no Brasil. A decisão também estipula multa a quem tentar acessar o X por meio da VPN.

Em abril, após a abertura de um inquérito que investiga o bilionário, Musk chegou a publicar um vídeo com instruções em português sobre como usar a VPN para que usuários burlem a suspensão. Mas, afinal, o que é a tal VPN? E o que diz a nova decisão?

Quem usar VPN será multado?

Moraes estabeleceu multa diária de R$ 50 mil às pessoas naturais e jurídicas que tentarem acessar o X por meio de subterfúgios tecnológicos, como a VPN (a siga significa "virtual private network").

E os aplicativos de VPN?

O ministro do STF também intimou Apple e Google para que coloquem obstáculos tecnológicos capazes de inviabilizar o uso do X e para que retirem o aplicativo das lojas App Store e Google Play Store.

Segundo a decisão de Moraes, as empresas também devem agir em relação aos aplicativos que possibilitam o uso de VPN, como Proton VPN, Express VPN, NordVPN, Surfshark, TotalVPN, Atlas VPN e Bitdefender VPN.

Mas o que é VPN?

VPN é uma tecnologia que estabelece uma conexão segura entre um dispositivo como um computador, smartphone ou tablet, e uma rede privada para chegar a um site, por exemplo. Ou seja, VPNs são estradas alternativas.

Pense na seguinte analogia: você precisa ir do ponto A até o ponto B, mas, por alguma razão, quer evitar a rodovia mais comum. Ela pode estar, por exemplo, bloqueada. Então, você usa um caminho alternativo para ir de A a B: esse é o espírito da VPN.

VPNs já foram usados para contornar bloqueios ao WhatsApp no Brasil em 2016, mas alternativa oferece riscos Imagem: Pixabay

Como surgiu a VPN?

Suas origens estão ligadas à busca das empresas por uma maneira segura de garantir sua comunicação pela web. Ou seja, evita-se o uso de uma conexão pública, provida pelos servidores de operadoras de internet, trocando-os pelos servidores da empresa que está oferecendo a VPN.

A navegação não chega a ser totalmente privada, mas seus dados são criptografados e seu endereço IP (identificador único atribuído a cada dispositivo conectado a uma rede) fica escondido. Os sites não conseguem identificar ou rastrear seu comportamento.

Uso pelo mundo

Quando países como a China passaram a barrar o acesso a sites da internet, muitas pessoas adotaram a ferramenta para burlar as proibições. Para esse tipo de uso, a VPN guia a conexão do usuário por caminhos diferentes, de forma a chegar de um ponto a outro. Ou seja, as estradas utilizadas para chegar a redes e sites passam por endereços de outros países.

*Com informações de matérias publicadas em 29/08/2024, 09/04/2024 e 21/02/2022.

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