Bloqueio do X: VPN vai permitir que rede social siga funcionando no Brasil?

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandou suspender, nesta sexta-feira (30), o funcionamento da rede social X no Brasil. A decisão também estipula multa a quem tentar acessar o X por meio da VPN.

Em abril, após a abertura de um inquérito que investiga o bilionário, Musk chegou a publicar um vídeo com instruções em português sobre como usar a VPN para que usuários burlem a suspensão. Mas, afinal, o que é a tal VPN? E o que diz a nova decisão?

Quem usar VPN será multado?

Moraes estabeleceu multa diária de R$ 50 mil às pessoas naturais e jurídicas que tentarem acessar o X por meio de subterfúgios tecnológicos, como a VPN (a siga significa "virtual private network").

E os aplicativos de VPN?

O ministro do STF também intimou Apple e Google para que coloquem obstáculos tecnológicos capazes de inviabilizar o uso do X e para que retirem o aplicativo das lojas App Store e Google Play Store.

Segundo a decisão de Moraes, as empresas também devem agir em relação aos aplicativos que possibilitam o uso de VPN, como Proton VPN, Express VPN, NordVPN, Surfshark, TotalVPN, Atlas VPN e Bitdefender VPN.

Mas o que é VPN?

VPN é uma tecnologia que estabelece uma conexão segura entre um dispositivo como um computador, smartphone ou tablet, e uma rede privada para chegar a um site, por exemplo. Ou seja, VPNs são estradas alternativas.

Pense na seguinte analogia: você precisa ir do ponto A até o ponto B, mas, por alguma razão, quer evitar a rodovia mais comum. Ela pode estar, por exemplo, bloqueada. Então, você usa um caminho alternativo para ir de A a B: esse é o espírito da VPN.

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VPNs já foram usados para contornar bloqueios ao WhatsApp no Brasil em 2016, mas alternativa oferece riscos
VPNs já foram usados para contornar bloqueios ao WhatsApp no Brasil em 2016, mas alternativa oferece riscos Imagem: Pixabay

Como surgiu a VPN?

Suas origens estão ligadas à busca das empresas por uma maneira segura de garantir sua comunicação pela web. Ou seja, evita-se o uso de uma conexão pública, provida pelos servidores de operadoras de internet, trocando-os pelos servidores da empresa que está oferecendo a VPN.

A navegação não chega a ser totalmente privada, mas seus dados são criptografados e seu endereço IP (identificador único atribuído a cada dispositivo conectado a uma rede) fica escondido. Os sites não conseguem identificar ou rastrear seu comportamento.

Uso pelo mundo

Quando países como a China passaram a barrar o acesso a sites da internet, muitas pessoas adotaram a ferramenta para burlar as proibições. Para esse tipo de uso, a VPN guia a conexão do usuário por caminhos diferentes, de forma a chegar de um ponto a outro. Ou seja, as estradas utilizadas para chegar a redes e sites passam por endereços de outros países.

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*Com informações de matérias publicadas em 29/08/2024, 09/04/2024 e 21/02/2022.

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