Musk e sociedade secreta: de onde vem o papo sobre IA exterminar humanos?

(Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre tecnologia no podcast Deu Tilt. O programa vai ao ar às terças-feiras no YouTube do UOL, no Spotify, no Deezer e no Apple Podcasts. Nesta semana, o assunto é: Que papo é esse de IA extinguir a humanidade?; O Google ficou burro? e Mouse para a vida toda)

O avanço da tecnologia vai dizimar os seres humanos? E esse fim vai chegar por meio da inteligência artificial?

No episódio de Deu Tilt desta semana, o podcast do UOL para humanos por trás das máquinas, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes discutem como essas previsões nasceram e se tem - ou não - fundo de verdade.

Tem muita gente que coloca a inteligência artificial como uma tecnologia potencial de risco existencial, ou seja, um risco que pode levar à extinção da humanidade
Diogo Cortiz

No centro desse temor está a criação de sistemas cada vez mais sofisticados, algo como a AGI (inteligência artificial geral), que terá capacidade igual ou superior à dos seres humanos. Se essa super inteligência não estiver alinhada aos interesses da humanidade, a coisa pode desandar.

Para deixar mais clara a ideia, Diogo fala de um experimento mental desenvolvido pelo filósofo Nick Bostrom, autor do livro "Superinteligência: Caminhos, perigos, estratégias". Imagine uma fábrica de clipes de papel gerida por robôs criados para produzir com a máxima eficiência. De repente, a planta passa a consumir mais energia à medida que precisa criar mais clipes.

Talvez ela comece a tirar energia elétrica dos humanos ou pode ser que ela precise de mais minérios e tire isso dos humanos. Até o momento em que ela vai dizimar os humanos porque o foco era maximizar a produção de clipes de papel
Diogo Cortiz

A pergunta de Diogo é: como fazer para essa IA, com capacidade superior à dos humanos, ser alinhada com o que os humanos pensam?

Conversa de endinheirado

Essa pergunta tem sido respondida de diversas maneiras por gente poderosa que tem aderido a algumas de diversas correntes filosóficas da moda. Para lá de controversas, elas versam a respeito da sobrevivência humana após cataclismas que tornem a vida insustentável. No caso: a IA poder exterminar a humanidade.

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Uma delas é o "transumanismo", que tem como fundador o biólogo Julian Huxley - irmão do escritor Aldous Huxley, autor da distopia "Admirável mundo novo". Essa corrente de pensamento acredita que é possível diminuir o sofrimento do mundo por meio da tecnologia.

Já o "Longotermismo" pensa na sobrevivência da espécie humana a longo prazo. Já o "altruísmo eficaz" tenta, de alguma forma, procurar métodos que possam beneficiar os outros nos níveis mais básicos.

E onde estão essas pessoas? Algumas delas estão reunidas no Institute Future of Life. Um dos patronos e entusiastas da organização é Elon Musk, empresário sul-africano que comanda Tesla, SpaceX e X.

Ainda que o grupo se posicione como defensor da vida na Terra -já questiona se as máquinas não estariam ocupando espaços demais na vida humana-, não é toda vida que estão tentando preservar. Querem salvar os mais aptos -leia-se, os com mais recursos financeiros para seguir adiante. Não à toa é um grupo formado por endinheirados e tem ares de sociedade secreta.

Outra das personalidades do mundo da IA que vive alardeando o perigo do extermínio da humanidade é Sam Altman, fundador da OpenAI, criadora do ChatGPT.

Essa discussão possui ainda outra camada. Os profissionais que estão preocupados com a extinção humana se dedicam a estudar os aspectos de segurança da IA, explica Diogo. Ao alardear essas ideias, eles geram embate com aqueles que se debruçam sobre as questões éticas da tecnologia.

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O lance é que a galera fica falando de risco existencial porque não quer focar no aqui e agora, nos problemas que existem de viés, segurança e privacidade
Diogo Cortiz

Google: busca online está pior e futuro com IA será ainda imprevisível

Não é de hoje que tem gente achando que o maior buscador da internet não tem entregado os melhores resultados.

Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes discutem o que está acontecendo com o mecanismo de buscas do Google. E mais: qual será o efeito das mudanças recentes que incluíram inteligência artificial?.

Pode ser uma impressão minha, mas antes eu usava o Google com um pouco mais de certeza, gostava mais do serviço. Agora ele está meia boca
Diogo Cortiz

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Mouse para a vida toda: quem precisa disso?

Serviços por assinatura estão pipocando por todo lado. De streamings de vídeo e música a academias, passando por produtos alimentícios. No mundo da tecnologia, há algumas inovações questionáveis. A mais recente delas é a de um serviço de assinatura que garante mouses para a vida toda.

No quadro "Arrasta pra cima" do Deu Tilt, os apresentadores Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes encaram a vida como se ela fosse uma rede social. No episódio dessa semana, o questionamento foi esse: Alguém precisa de uma assinatura dessas?

Cara, eu tô tentando processar isso. Eu tô achando tão idiota a ideia que estou tentando entender
Diogo Cortiz

É uma ideia que no papel faz sentido, porque ele está pensando em receita recorrente onde vai ter que enviar um mouse para alguém de vez em nunca e com isso vai ganhando algum dinheiro
Helton Simões Gomes

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Gente, se alguém pensou em assinar isso, mande mensagem para nós, queremos conversar com vocês
Diogo Cortiz

DEU TILT

Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo.

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