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Como se forma o colarinho? 7 curiosidades da ciência sobre a cerveja

Espuma faz mal? Por que choca? Veja as respostas abaixo Imagem: Getty Images

De Tilt

18/09/2024 19h00

É difícil achar quem não curta uma boa cerveja. Ao redor do mundo, existem mais de 150 estilos da bebida, com formas diferentes de servir e características distintas. E o melhor é que a ciência já se debruçou muito sobre a bebida.

Por exemplo, sabia que o ideal é consumir cerveja a uma temperatura entre 5ºC e 12ºC? Veja outras curiosidades sobre a bebida para mostrar que sabe tudo na próxima conversa de bar.

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Como é formado o colarinho?

A espuma da cerveja é formada por bolhas de gás carbônico e proteínas.

E, no fim das contas, a quantidade de gás presente no líquido continua a mesma se você tomar a cerveja com ou sem colarinho. Servindo a bebida devagar, o gás se agita menos e, com isso, faz menos espuma.

Quanto mais quente estiver a cerveja, mais gás é liberado —isto é, mais espuma é formada. Copos mais finos também podem fazer a cerveja espumar mais.

Beber a espuma faz mal?

Não, já que o colarinho é o gás que está preso no líquido. Ou seja, ele seria ingerido de qualquer forma, ainda que a espuma não tenha se formado na parte superior do copo.

É justamente o gás que dá à cerveja a efervescência que sentimos na boca, deixando a bebida refrescante. O ideal é tomar um copo de cerveja com cerca de dois dedos de colarinho.

Por que a cerveja fica choca?

O gás é tão importante na cerveja que, quando ele não está presente, o líquido fica com um gosto amargo —a famosa cerveja "choca".

O contato com o oxigênio, por má vedação, é uma das principais causas da cerveja "choca". Latinhas com microfuros, ainda que imperceptíveis a olho nu, acabam deixando o líquido sem gás.

Cerveja congelada estraga

Temperaturas muito baixas também alteram a bebida. Quando a latinha ou a garrafa é congelada, a estabilidade química do produto diminui —e, por isso, a cerveja não vai durar tanto quanto deveria.

Além disso, a contração do líquido, por causa do congelamento, causa o problema na vedação da embalagem, o que acaba alterando o sabor do produto.

Por isso, deixe a cerveja sempre acima de zero grau. Se quiser deixar a bebida mais refrescante, coloque-a na geladeira a uma temperatura de 4ºC ou 5ºC. Freezer, nem pensar.

Colocou no congelador? Tire do jeito certo

Se você não seguiu a dica anterior e ainda por cima esqueceu a cerveja no freezer, mas ela ainda não congelou, o ideal é segurá-la pela ponta. Evite tocar no meio da garrafa ou sacudi-la.

Depois, deixe a cerveja em uma superfície estável até que ela chegue a uma temperatura acima do ponto de congelamento.

Esse é o jeito ideal de manusear a bebida porque, no congelador, o líquido resfria aos poucos. Se não houver vibração, a cerveja pode até ficar em uma temperatura mais baixa do que a de congelamento, mas permanecer líquida. Assim, se você pegar a garrafa ou a latinha com um movimento brusco, vai provocar a transformação de estado. Se a cerveja for de garrafa, ela pode até explodir.

Mistura de sal, água e gelo é aliada

Se você não teve tempo de resfriar a cerveja da forma adequada, na geladeira, o ideal é colocar as latinhas em uma mistura de sal, água e gelo.

Ao se dissolver na água, o sal acaba resfriando ainda mais a mistura, ajudando a deixar a cerveja geladinha.

Água do local de produção faz diferença?

Estilos de cerveja foram criados por causa da característica da água da região de produção. Por exemplo, o Pilsen surgiu na cidade de mesmo nome, na República Tcheca, em parte devido às propriedades do rio local.

Hoje, porém, as cervejarias têm processos de tratamento e modificação da água, com o objetivo de deixá-la com as características ideais para cada tipo de cerveja. Aspectos com o pH, a concentração de cloreto e sulfato e de sais minerais são padronizados pelas empresas.

Para fabricar os tipos mais maltados, por exemplo, as cervejarias precisam de água com mais cloreto. Já as cervejas lupuladas têm mais sulfato. A tecnologia evoluiu a ponto de as modificações serem feitas online, em microssegundos e com análise em tempo real.

Fontes: Aline Ferreira, sommelier de cervejas e professora; Honorato Pradel, professor e cervejeiro; Rodrigo Sena, jornalista, sommelier de cerveja e professor; Alfredo Ferreira, químico e mestre cervejeiro; e Alexandre Esber, engenheiro químico.

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