Brasileiros usam nanotecnologia para criar bateria flexível de chumbo

Pesquisadores do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) criaram uma bateria de chumbo diferente das existentes no mercado: leve e maleável.

As baterias de chumbo comuns, usadas por exemplo em veículos, são rígidas e pesadas, o que limita a aplicação em dispositivos mais modernos e portáteis
Ana Bonasa, do Nunca Vi 1 Cientista

Isso significa que essa nova tecnologia pode revolucionar o armazenamento de energia por ter o potencial de ser usada em eletrônicos, veículos, sensores e até em microssatélites espaciais.

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    Almir Oliveira Neto, químico do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio do Ipen, contou como funciona o protótipo em entrevista à revista Pesquisa Fapesp.

    Líder do projeto, Neto afirma que as baterias tradicionais usam eletrodos metálicos comuns. Já a invenção do Ipen, recorre a nanopartículas de chumbo fixadas em um tecido de carbono flexível, que são mais leves e conduzem melhor do que o chumbo metálico.

    Uma bateria tradicional pesa em média 14 kg, enquanto a inovação brasileira tem peso estimado de 1 kg a 2 kg.

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    Além disso, a estrutura dessa nova bateria permite que ela seja versátil e flexível. E o uso de uma substância sólida pros íons se moverem de um polo pro outro, ao invés de um líquido [como nas atuais], traz uma segurança maior pra bateria, que não vai ter vazamentos e ainda vai sofrer menos corrosão interna, tendo uma vida útil maior
    Ana Bonasa, Nunca Vi 1 Cientista

    Ainda em fase de protótipo, a invenção mede aproximadamente 5 centímetros quadrados e tem 1,2 milímetro de espessura.

    A expectativa dos pesquisadores nas próximas fases é reduzir os custos dos materiais, além de desenvolver processos de fabricação em larga escala.
    Ana Bonasa, Nunca Vi 1 Cientista

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