Maçonaria e imagem digital: as novas revelações sobre Jack, o Estripador
Após mais de uma década estudando as mortes ocorridas em 1888 e supostas evidências dos episódios, o britânico Russell Edwards afirma ter solucionado o mistério envolvendo o famoso assassino conhecido como Jack, o Estripador: uma imagem computadorizada indica como seria a aparência do serial killer.
O que aconteceu
Novo livro traz detalhes sobre o caso. Lançado no início de outubro, o livro "Naming Jack the Ripper: The Definitive Reveal" (Nomeando Jack, o Estripador: a Revelação Definitiva) é a continuação da saga do escritor Russell Edwards na busca da verdadeira identidade do serial killer. A obra detalha o trabalho contínuo do autor ao longo dos últimos dez anos se dedicando ao caso.
Autor divulgou provável aparência de Jack, o Estripador. Utilizando tecnologia de reconstrução facial de ponta, Edwards criou uma imagem em preto e branco de como seria o rosto do assassino na época dos crimes.
Relação com a maçonaria teria livrado suspeito da prisão. De acordo com os estudos de Edwards, Jack não estava mutilando aleatoriamente suas vítimas, e sim seguindo cuidadosamente instruções estabelecidas em supostos juramentos maçônicos. A localização dos cortes feitos e a mutilação vista nos corpos das vítimas, por exemplo, estariam de acordo com estes juramentos, segundo o jornal britânico Daily Mail. Para preservar a imagem da maçonaria, os membros teriam acobertado a identidade dele.
[História envolvendo a figura alegórica do 'mestre maçom' Hiram Abiff] levou à criação de três "juramentos de sangue" maçônicos hoje, cada um deles apresentando representações gráficas de mutilações corporais. O primeiro juramento inclui a frase: 'Oh, se minha garganta tivesse sido cortada e minha língua arrancada'; a segunda proclama: 'Que meu seio esquerdo foi rasgado e meu coração e órgãos vitais foram arrancados...'; e a terceira: 'Que meu corpo foi cortado em dois...' Daily Mail, sobre a relação entre os crimes de Jack e juramentos da maçonaria indicados por Russell Edwards
Xale ajudou a encontrar DNA
Primeiro livro do autor sobre o caso foi lançado em 2014. Chamado "Naming Jack the Ripper" (Nomeando Jack, o Estripador), a obra escrita por Russell Edwards narra o caminho traçado pelo autor e por cientistas para chegar à possível identidade do assassino.
DNA descoberto em xale deu início ao projeto de Edwards. Entusiasta dos mistérios envolvendo Jack, o Estripador, em 2007 o escritor comprou um xale encontrado em torno do corpo de Catherine Eddowes, uma das vítimas do criminoso. A partir daí, Edwards e especialistas forenses analisaram manchas de sangue e de sêmen que estariam no tecido mais de 100 anos depois dos crimes terem ocorrido. Segundo a equipe responsável pela pesquisa, o xale continha DNA de Catherine e de seu assassino.
Processo envolveu familiares de Catherine e do suspeito pelas mortes. Para confirmar a veracidade dos DNAs encontrados no xale, os pesquisadores coletaram amostras de uma descendente do suspeito e de Karen Miller —três vezes tataraneta da vítima. Segundo Edwards, ambas as amostras confirmaram as suspeitas.
No livro de 2014, o escritor havia cravado o nome de Aaron Kosminski como Jack, o Estripador. Kosminski era um cabeleireiro polonês, que tinha 23 anos na época em que teria cometido os assassinatos. No início da década de 1880, Kosminski e sua família se mudaram para Londres fugindo de um massacre russo em seu país natal.
Russel Edwards é especialista na história do serial killer. No portal oficial de seu projeto, chamado "Jack The Ripper Experience", Edwards reúne informações sobre seus estudos e oferece passeios guiados para curiosos e para excursões escolares que desejam percorrer o caminho que Jack teria feito em Londres ao caçar suas vítimas. Em suas redes sociais, Edwards compartilha detalhes como a suposta casa de Kosminski e o túmulo onde o polonês estaria enterrado.
Relembre a história de Jack, o Estripador
Mortes ocorreram em Londres, em 1888. Entre os meses de agosto e novembro, Aaron Kosminski assassinou brutalmente pelo menos cinco mulheres em Whitechapel, no leste da cidade.
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Quero receberRitual envolvia extrema violência e remoção de órgãos das vítimas. Kosminski mutilava, desfigurava e extirpava órgãos das mulheres que assassinava. De acordo com registros da época, todas as vítimas tiveram suas gargantas cortadas e ferimentos post-mortem, incluindo na vagina. Annie Chapman, Catherine Eddowes e Mary Jane Kelly, três das vítimas, tiveram partes de seus corpos removidas.
Assassino recebeu apelido da imprensa local da época. Com atuação até hoje amplamente debatida por entusiastas de crimes reais, Jack, o Estripador, ainda é um dos mais notórios assassinos em série da história moderna.
Autoridades acreditavam que Kosminski tinha fortes tendências homicidas. Segundo relatórios policiais confidenciais publicados em 1984, a polícia acreditava que o suspeito tinha "um grande ódio pelas mulheres, especialmente da classe das prostitutas". Não houve provas suficientes para incriminar Kosminski em vida. O suspeito foi internado em hospícios até morrer, em 1919.
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