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Como o WhatsApp ganha dinheiro se é grátis e não tem propaganda?

Como o Whatsapp ganha dinehiro? Imagem: Getty Images

De Tilt, em São Paulo

23/10/2024 05h30Atualizada em 23/10/2024 08h14

Não cobra assinatura. Não cobra para fazer o download. Não tem anúncios. Mas, então, como o WhatsApp ganha dinheiro? Ou melhor, que tipo de magia fez o Facebook decidir comprar o app por R$ 19 bilhões, em 2014?

Quando fundado em 2009 por Brian Action e Jan Koum, ex-funcionários do Yahoo!, o WhatsApp cobrava US$ 1 por instalação em alguns países. Em outros, a empresa cobrava US$ 1 por ano como forma simbólica de assinatura. E em alguns outros, o app era completamente gratuito —era o caso do Brasil.

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Em agosto de 2014, ano da compra pelo Facebook, cerca de 600 milhões de pessoas usavam o aplicativo de mensagens, de acordo com o site Statista. Até setembro do mesmo ano, os relatórios financeiros do Facebook apontavam que o faturamento da empresa não ultrapassava a casa do US$ 1,3 milhão, menos de um centésimo do valor da compra.

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Se você pensou "então o WhatsApp não dá dinheiro", isso faz algum sentido. O que levou o Facebook a gastar tanto, então?

Especialistas apontam o "big data" —campo da tecnologia que lida com grandes volumes de dados digitais— como impulsionador da compra. Com mais informações, a empresa de Zuckerberg pode analisar melhor o comportamento dos usuários.

Em agosto de 2016, o WhatsApp começou a compartilhar dados com o Facebook. O objetivo? Fomentar relações entre as bases de Facebook, WhatsApp e Instagram — sugerir amizades em uma rede baseado em contatos da outra, por exemplo — mas, principalmente, otimizar a recomendação de publicidade. Afinal, é aí que está o maior volume de faturamento do Facebook atualmente.

Além disso, em outubro de 2018 o então executivo-chefe do WhatsApp, Jan Koum, anunciou o WhatsApp Business. A versão para negócios já está funcionando no Brasil e tem recursos como:

  • Respostas automáticas para perguntas frequentes;
  • Marcadores para organizar contatos e bate-papos;
  • Filtragem de listas de bate-papo.
  • Mensagens para apresentar a empresa aos clientes
  • Informações sobre os horários que a empresa está disponível para contato
  • Estatísticas sobre as interações no perfil empresarial, como número de mensagens enviadas, recebidas e lidas.

Assim como a versão convencionado do WhatsApp, o Business também tem download e uso gratuitos. Mas este último passou a ter cobrança por alguns desses recursos, gerando receita para a empresa. Brasil, Alemanha, Indonésia, Índia, México, Reino Unido e Estados Unidos são alguns dos países que o adotaram.

O serviço que cobra por mensagens entregues é a API do WhatsApp Business, solução do WhatsApp para grandes empresas.

Além disso, a empresa tem avançado no campo dos negócios, sempre como intermediário das trocas de mensagens entre as companhias e os usuários. Na Índia, já se compra passagens de ônibus pelo Whatsapp.

Há também um serviço para empresas que hoje em dia podem optar por pagar para que um link inicie um bate-papo do WhatsApp a partir de um anúncio no Facebook ou Instagram. À BBC, Nikila Srinivasan, vice-presidente de business messaging da Meta, explicou que isso já "rende vários bilhões de dólares" para a Meta.

*Com reportagem de junho de 2019

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