Fim do 3G: por que enterro da internet móvel pioneira começa em 2025

(Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre tecnologia no podcast Deu Tilt. O programa vai ao ar às terças-feiras no YouTube do UOL, no Spotify, no Deezer e no Apple Podcasts. Nesta semana, o assunto é: Vem de DM, FK; O longo adeus ao 3G; Celular até mexe com seu cérebro, mas causa câncer?)

O começo do fim do 3G já tem data marcada: abril de 2025. A partir de então, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) deixará de homologar aparelhos que possuam só as tecnologias 2G e 3G.

Essa ação não vai impactar apenas aparelhos celulares, mas qualquer dispositivo que necessite de radiofrequência, como câmeras e sensores.

A banda larga de terceira geração não vai simplesmente evaporar do mapa. Será necessário antes uma transição da infraestrutura para o 4G e o 5G. Hoje em dia, a maioria das antenas são 2G e 3G: TIM (49%), Vivo (51%) e Claro (55%).

Por outro lado, a migração de sinal para uma internet móvel mais recente exigiria ainda uma troca massiva de aparelhos, o que exigiria um investimento considerável.

Tem uma estimativa de que essa transição vai custar coisa de R$ 10 bilhões no Brasil só para trocar os aparelhinhos que recebem o 2G e o 3G, sem falar nas operadoras
Helton Simões Gomes

3G pioneiro

Antes do 3G, o uso da internet era muito limitado em aparelhos móveis. Junto do iPhone, ela criou uma nova era da comunicação.

O grande lance de transformação que o 3G trouxe e que inaugura uma nova era foi o foco em dados
Diogo Cortiz

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O Facebook não seria o que é sem o 3G, o WhatsApp muito menos
Helton Simões Gomes

Tecnologia do futuro

Só que enquanto a gente está discutindo como começar esse velório, já tem gente no Brasil pensando em 6G
Helton Simões Gomes

A proposta dessa nova tecnologia é que ela integre ainda mais o mundo físico, permitindo interações táteis. Mas como isso é possível?

Ah, eu sei! Eu vi uma coisa sinistra no Japão. Uma proposta de telexistência
Diogo Cortiz

Na amostra observada por Cortiz, uma pessoa veste uma roupa especial que faz seus movimentos serem reproduzidos por um robô. Na mão contrária, a pessoa conectada ao robô sente o que a máquina sente, como peso e aspereza de objetos.

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Essa existência ampliada pela conectividade também está presente em projetos maiores, como os gêmeos digitais, que são réplicas online fiéis ao observado no mundo físico. Criar gêmeos digitais de cidades ajudaria a prever o efeito de modificações na população.

A partir do momento que você tem no mundo digital o que tem no mundo físico, para implementar alguma mudança urbana, faz uma simulação online para ver se funciona
Helton Simões Gomes

Enquanto algumas tecnologias morrem, outras igualmente revolucionárias surgem.

'Feed zero' e contas fk: o novo jeito de usar redes sociais criado pela geração Z

São as redes sociais que mudam as pessoas ou as pessoas que estão mudando as redes sociais? Desde que chegaram e se tornaram populares, as redes colocaram um fim na maneira como cada indivíduo se comporta no universo online. Mas a Gen Z tem mudado ainda mais suas práticas na internet.

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Entre as práticas de uso mais esquisitas está a proposta de feed zero. Em outras palavras, se trata de não publicar absolutamente nada e, mesmo assim, sem heavy user de redes.

Parece que é um perfil fake, mas não. É mantido por uma pessoa real, não um bot, na maioria das vezes um adolescente
Helton Simões Gomes

Celular causa câncer no cérebro? Novo estudo traz resposta

Uma coisa que não dá pra negar é que as pessoas que inventam fake news são gente criativa. Uma das informações falsas mais antigas é a de que celulares causam câncer.

Para desmistificar de vez essa história, a OMS (Organização Mundial da Saúde) encomendou um estudo que foi publicado na Environment International contendo uma revisão sistemática de diferentes artigos sobre o tema a fim de chegar a uma conclusão.

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Usando várias técnicas de método científico e de estatística [a revisão sistemática] consegue trazer uma posição a partir dessa combinação de estudos
Diogo Cortiz

A revisão sistemática organizada pela OMS reuniu mais de 5 mil estudos que abrangem desde o início da implantação da rede de telecomunicações até 2022 e o resultado é de que não há qualquer relação entre uso do celular e câncer.

DEU TILT

Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo.

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