Do Chromecast ao chat do Maps: por que o Google mata 30 serviços só em 2024

(Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre tecnologia no podcast Deu Tilt. O programa vai ao ar às terças-feiras no YouTube do UOL, no Spotify, no Deezer e no Apple Podcasts. Nesta semana, o assunto é: Tá na cara que você cai em golpe com celebridade; O cemitério do Google em 2024; Os espiões de IA dos EUA)

É dia de Finados no Deu Tilt. O programa já tratou da morte de muitos dispositivos e tecnologias, como a antena parabólica, o já saudoso Chromecast e o iminente fim do 3G (que ainda respira por aparelhos). Mas o que leva uma empresa a matar serviços ou produtos que as pessoas amam?

Eu não sabia que tinham tantos serviços que o Google matava, mas, depois de eu ver o tamanho do descampado, fiquei preocupado. O Google mata mais que coração gelado de ex
Helton Simões Gomes

Não é exagero dizer que a empresa enterra uma quantidade considerável de produtos e serviços. O site "Killed by Google", que traz um simpático subtítulo de "cemitério do Google", elenca tudo aquilo que a gigante de tecnologia uma vez desenvolveu e decidiu descontinuar. Por lá, há 296 itens.

Só em 2024, foram 30 mortes. Algumas delas não foram tão sentidas assim, pois eram funções pouco conhecidas. Só em janeiro, 17 funções do Google Assistente foram limadas.

A lista tem coisas muito curiosas, tem coisas que mostram como o Google é tão grande que às vezes eles criam vários produtos para uma função só
Helton Simões Gomes

Exemplo disso é a extinção do Google Pay, porque a empresa já possuía o Google Walltet, o app de carteira deles. Além desses, havia também o Android Pay, que foi descontinuado no passado. Neste ano, a lista é longa e não para aí: Google podcasts, um chat dentro do Maps, anotação na busca..

Vou dar uma de Neymar e dizer 'saudade do que não vivemos'. O chat do Google Maps é algo que, se eu soubesse que existia, com certeza teria usado
Helton Simões Gomes

Quando os anos anteriores entram na conta, o cemitério inclui Google Video, Orkut, Google Reader, Picasa. Diogo Cortiz ainda sente saudades do Reader:

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Era o maior leitor de feed RSS que existia. Mas o Chromecast também vai deixar saudades
Diogo Cortiz

Mas não seria então muito dinheiro sendo jogado fora por investir em produtos descontinuados em tão pouco tempo? Para Cortiz, não. "São apostas. Eles veem uma oportunidade, criam o produto ou funcionalidade e colocam no mercado para ver se tem uma aceitação", diz.

Desenvolver um produto requer muita pesquisa e compreensão de sua viabilidade. Depois de lançado, os usuários ainda podem usá-lo de forma diferente ou ainda ter baixa aceitação. Tudo isso impacta na continuidade dele.

O Google tem essa capacidade de criar os produtos e, se não adaptar, não tem dó, mata logo
Diogo Cortiz

De todas as mortes possíveis de apps, há uma delas que Diogo Cortiz teme: o fim do Snapseed. Para Helton, muito em breve, o aplicativo para edições de foto vai de arrasta pra cima. Entre as outras apostas de morte certa estão o teclado inteligente G Board; o Photoscan, que escaneia e aprimora fotos antigas; e o Google Voice, que faz ligações telefônicas (mas só funciona nos EUA).

Não é fake news! Militares dos EUA querem inundar internet com espiões de IA

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Agora, o uso da inteligência artificial foi longe demais. O Pentágono planeja encher a internet de pessoas com IA. E não é só isso: elas vão atuar como espiãs infiltradas.

A operação especial "Joint Special Operation Command", do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, atua fortemente contra terrorismo e agora quer encher as redes sociais com pessoas falsas criadas por meio de inteligência artificial. E como isso combate o terrorismo?

A ideia deles é influenciar comportamentos ou entender como os usuários se comportam e então trabalhar com grupos que têm probabilidade maior de estar planejando atos terroristas. É uma nova forma de inteligência
Diogo Cortiz

Como Meta quer vetar golpe do remédio fake que usa Drauzio Varella

O reconhecimento facial já foi bombardeado de críticas no passado. Mas os tempos mudaram —pelo menos é isso o que a Meta quer que você acredite. A empresa de Mark Zuckerberg abandonou a tecnologia há três anos, mas voltou atrás e, dessa vez, vai usar a ferramenta de uma maneira diferente.

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Tem a ver com vídeos estranhos que circularam nas redes recentemente. Você já deve ter visto um deles, que mostra o médico Drauzio Varella vendendo o "Ultramaxx Gold", um produto voltado para disfunção erétil. Impulsionado nas plataformas da Meta, o vídeo usa sem autorização a imagem de Varella.

Qualquer pessoa que acordou de 2020 para cá já foi alvo de um golpe envolvendo celebridades
Helton Simões Gomes

DEU TILT

Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo.

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