Espiões de IA: o plano dos militares dos EUA para combater o terrorismo
(Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre tecnologia no podcast Deu Tilt. O programa vai ao ar às terças-feiras no YouTube do UOL, no Spotify, no Deezer e no Apple Podcasts. Nesta semana, o assunto é: Tá na cara que você cai em golpe com celebridade; O cemitério do Google em 2024; Os espiões de IA dos EUA)
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos está preparando um projeto para criar pessoas usando IA. A proposta é que elas sejam usadas nas redes sociais para influenciar ou entender comportamentos dos usuários.
A ação é comandada pela "Joint Special Operation Command", grupo que atua no combate ao terrorismo. O novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, conta como o departamento quer seguir a mesma linha de identificar possíveis atos terroristas no mundo virtual.
É uma nova forma de inteligência, que vai utilizar de pessoas falsas criadas por IA
A ideia deles é influenciar comportamentos ou entender como os usuários se comportam e então trabalhar com grupos que têm probabilidade maior de estar planejando atos terroristas. É uma nova forma de inteligência
Diogo Cortiz
Para Helton Simões Gomes, esse é um movimento curioso, visto que algo semelhante já acontece nas redes sociais envolvendo personalidades sintéticas.
Esse âmbito, por enquanto, está dominado pelos influenciadores digitais virtuais como a Magalu, o CB (das Casas Bahia) e outras como a Aitana, influencer fit que tem mais de 300 mil seguidores e que não existe na vida real. Mas a lista é grande.
Para o caso das marcas, é mais fácil lidar com essas figuras do que com aquelas de carne e osso, ressalta Helton.
Influenciador digital não toma um porre em um dia e vai gravar no outro com ressaca, não acorda de madrugada e vai fazer uma live falando coisas super polêmicas? Influenciador digital trabalha 24h por dia
Helton Simões Gomes
Além disso, uma vantagem que figuras criadas por IA têm nesse ambiente e que pode ser explorada pelas organizações, é o fato de que elas são mais maleáveis à mensagem que se deseja transmitir e se adaptam ao que for pré definido pela empresa.
Talvez seja isso o que o Pentágono está mirando, uma pessoa que pode ser moldada de acordo com a missão que for dada
Helton Simões Gomes
Diogo destaca que essas pessoas falsas poderão ser inseridas em grupos específicos para coleta de informações e dinâmicas de grupos na internet.
Alguns departamentos norte-americanos e europeus, por exemplo, já detectaram operações da inteligência russa tentando influenciar a opinião pública para um determinado espectro político durante campanhas eleitorais.
Helton também argumenta que especialistas em segurança digital apontam que, por vezes, são as próprias plataformas que fazem esse serviço por meio do algoritmo. "De alguma forma, ele impulsiona um comportamento mais do que outros, então se você sabe para que lado vai, é só modular o que tem pra falar e vai surfar nessa onda", diz.
Agora é o próprio governo incentivando esse tipo de dinâmicas com a justificativa de que é um projeto de defesa. A realidade já passa por um processo de descolamento, porque são cada vez mais conteúdos sintéticos e interações fake sendo criadas e a gente vai ter uma dificuldade muito grande em navegar por tudo isso
Diogo Cortiz
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Quero receberDo Chromecast ao Maps: por que o Google matou 30 serviços só em 2024
É dia de Finados no Deu Tilt. O programa já tratou da morte de muitos dispositivos e tecnologias, como a antena parabólica, o já saudoso Chromecast e o iminente fim do 3G (que ainda respira por aparelhos). Mas o que leva uma empresa a matar serviços ou produtos que as pessoas amam?
Eu não sabia que tinham tantos serviços que o Google matava, mas depois de eu ver o tamanho do descampado, fiquei preocupado. O Google mata mais que coração gelado de ex
Helton Simões Gomes
Não é exagero dizer que a empresa enterra uma quantidade considerável de produtos e serviços. O site "Killed by Google", que traz um simpático subtítulo de "cemitério do Google", elenca tudo aquilo que a gigante de tecnologia uma vez desenvolveu e decidiu descontinuar. Por lá, há 296 itens.
Como Meta quer vetar golpe do remédio fake que usa Drauzio Varella
O reconhecimento facial já foi bombardeado de críticas no passado. Mas os tempos mudaram —pelo menos é isso o que a Meta quer que você acredite. A empresa de Mark Zuckerberg abandonou a tecnologia há três anos, mas voltou atrás e, dessa vez, vai usar a ferramenta de uma maneira diferente.
Tem a ver com vídeos estranhos que circularam nas redes recentemente. Você já deve ter visto um deles, que mostra o médico Drauzio Varella vendendo o "Ultramaxx Gold", um produto voltado para disfunção erétil. Impulsionado nas plataformas da Meta, o vídeo usa sem autorização a imagem de Varella.
Qualquer pessoa que acordou de 2020 para cá já foi alvo de um golpe envolvendo celebridades
Helton Simões Gomes
DEU TILT
Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo.
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