Carregador, micro-ondas: tirar da tomada ajuda a economizar energia?
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Colaboração para Tilt, em São José do Rio Preto (SP)
03/12/2024 05h30Atualizada em 03/12/2024 08h15
Desligar um aparelho eletrônico no botão já garante que ele não gastará mais eletricidade? Ou equipamentos no modo "stand by" (em espera) continuam consumindo energia?
Tilt ouviu especialistas para tirar essa e outras dúvidas. A seguir você vai aprender também dicas de como reduzir o gasto com a conta de luz.
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Gasta mais ou não gasta?
Aquela luz vermelha ou amarela que fica acesa no equipamento eletrônico (como uma TV) quando ele está desligado significa que ele está em stand by. Ou seja, sem um uso direto. O ponto luminoso refere-se a uma corrente elétrica que continua a passar por ele.
Por isso, a resposta é: sim, retirar os aparelhos da tomada aumenta as chances de redução na conta de luz.
Individualmente, esses equipamentos em stand by consomem muito pouca energia, mas somando todos em uma residência, podem atingir aproximadamente 5% de economia. Numa casa onde quatro pessoas consomem em média 300 kWh mensalmente, essa economia ficaria em torno de R$ 12 reais - isso pode depender da bandeira em que o governo trabalha para as contas de eletricidade, durante o ano.
O micro-ondas e modem de internet/TV por assinatura são exemplos de aparelhos que consomem energia mesmo quando não estão sendo diretamente usados. Por isso, se for ficar muitas horas fora de casa, vale tirá-los da tomada.
Cuidado com carregadores
Mesmo eletrônicos sem a tal luz vermelha/amarela podem nos enganar. Alguns continuam consumindo energia quando estão conectados à tomada sem uso, como os carregadores de celulares.
Nessa situação, o consumo médio dos carregadores fica em torno de 0,26 Watt. Quando um celular totalmente carregado está conectado, esse valor pode chegar a 5 Watts, dependendo da marca do equipamento.
Olhando assim, alguns pensarão: "esse consumo é muito baixo, nem vai pesar na conta". Se for apenas um carregador, realmente esse gasto não é significativo. Contudo, numa casa com mais pessoas e vários carregadores (para o celular, o tablet, o fone de ouvido, etc) grudados na tomada ao mesmo tempo, o cenário muda.
Como economizar energia?
Algumas mudanças de hábitos ajudam a economizar mais no final do mês, como:
- Reduzir o tempo de banho.
- lavar e passar as roupas todas de uma vez.
- assar alimentos em pequenas quantidades na air fryer, em vez do forno convencional.
E uma dica que pouca gente se atenta é garantir que não bata Sol em alguns equipamentos, como ar-condicionado e geladeira. Isso também ajuda bastante a reduzir o gasto desses equipamentos.
Outro ladrão de energia é fiação velha no imóvel. A sobrecarga na instalação pode elevar o consumo. Para avaliar se sua rede está ou não sobrecarregada, o ideal é chamar um eletricista.
O uso de um nobreak ou um filtro de linha com botão para desligar também pode ajudar. Dessa forma, é possível ligar alguns equipamentos na mesma fonte e desligar todos de uma única vez, sem ter que ficar tirando tudo da tomada.
Aparelhos inteligentes
O mercado brasileiro já possui diferentes opções de dispositivos inteligentes. São chamados assim, pois podem ser configurados, desligados e ligados com ajuda de aplicativo no celular. É algo que torna o processo mais prático. Porém, exige um investimento prévio.
Podem ser controladas por apps ou por dispositivos compatíveis com assistentes de voz, como a Alexa e o Google Assistente. Neste caso, você pede e o aparelho executa a ação. Elas permitem programar horários de funcionamento, com maior ou menor intensidade — e, em alguns modelos, escolher a cor da emissão de luz..
- Tomadas inteligentes
Ela deve ser integrada à rede elétrica da residência. Elas costumam ser compatíveis com ar-condicionado, máquinas de lavar, secadores de cabelo, fornos elétricos, ferros de passar. Por comando de voz ou aplicativo, será possível desligar todos os equipamentos conectados a ela(s). É a praticidade de não ter que se levantar da cama na madrugada por ter esquecido um aparelho funcionando.
Fontes: especialistas em engenharia elétrica Edval Delbone e Guilherme Susteras.
*Com reportagem de abril de 2022