Recuperação ‘paralela’ de conta no Instagram vira negócio e sai a R$ 6 mil
Colunistas de Titl e Colaboração para Tilt
14/12/2024 05h30
(Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre tecnologia no podcast Deu Tilt. O programa vai ao ar às terças-feiras no YouTube do UOL, no Spotify, no Deezer e no Apple Podcasts. Nesta semana, o assunto é: Conta teen do Instagram; Amigos de IA; Indústria de reativação de contas no Insta)
É o empreendedorismo à brasileira. Para alguns influenciadores digitais, perder o perfil nas redes sociais equivale a perder o ganha-pão. Isso fez nascer a indústria dos recuperadores profissionais de contas.
Tem vários profissionais surgindo para fazer com que influenciadores que perderam a conta - sabe-se lá por que motivo - voltem a ter o perfil
Helton Simões Gomes
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Para esse tipo de atividade, o mercado está aquecido. E os valores iniciais para a contratação do serviço começam em R$ 6 mil, conta o advogado Tonyson Santos. No novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para humanos por trás das máquinas, Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz conversaram com o empresário, que se especializou nesse tipo de trabalho.
Segundo o advogado, a demanda para esse tipo de serviço aumentou pela constante derrubada de contas, devido à falta de seguranças nas redes sociais provocada por criminosos e golpistas e às mudanças nos termos de uso.
Caso não estejam atentos às novas regras, usuários comuns e influenciadores podem infringir as novas normas. Fora isso, banimentos estão associados ao compartilhamento de conteúdo impróprio, denúncias de outros usuários, discurso de ódio ou apologia às drogas, ideologia política ou promoção de rifas e jogos.
Instagram e TikTok não cobram pela recuperação de contas. O argumento dos recuperadores de contas para vender seus serviços é o tempo. Algumas reativações podem levar até 60 dias, dizem os profissionais. Isso significa dois meses sem faturamento para um influenciador digital.
Esses recuperadores de contas são endossados pelos influenciadores e viraram os queridinhos desses profissionais. O que a gente percebe é que profissionais como o Tonyson cada vez mais vão ser figurinhas carimbadas nas redes sociais, já que o Brasil é o lugar onde mais tem influenciador digital no mundo e essa tem se tornado uma carreira à disposição das pessoas que estão começando no mercado de trabalho
Helton Simões Gomes
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A Meta vem com uma resposta para uma demanda crescente que está em uma discussão global que é o uso excessivo, extensivo e muito imersivo de tecnologias por crianças e adolescentes
Diogo Cortiz
Ela basicamente tornará privados os perfis de crianças e adolescentes, vai limitar as interações por DM, criar um "toque de recolher" e também estipular um tempo máximo de 60 minutos diários para esses usuários.
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Amizade agora é coisa de robô. Até essa área historicamente humana está sendo invadida pela inteligência artificial. Atualmente as pessoas têm personalizado IAs para compartilharem sentimentos, afetos e confiança.
"As companhias de IA são a personificação digitalizada dos amigos imaginários. E tem gente que ganha dinheiro com isso. É genial", brinca Helton Simões Gomes no novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para humanos por trás das máquinas.
Os "AI companions" (Companhia de IA, em tradução livre do inglês) são chatbots que funcionam como avatares que têm como função primordial serem "amigos" dos usuários. Com eles, tudo é personalizável e cada pessoa pode definir desde a personalidade até se esse avatar vai ser um personagem de filme ou não.
DEU TILT
Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo.