Por que as patinetes elétricas estão voltando para São Paulo?

Em 2020, todas as empresas que forneciam aluguel de patinetes elétricas deixaram de oferecer a modalidade devido à pandemia e pelo alto custo da operação. Na última semana, na sexta-feira (13), a Prefeitura retomou a operação, com novas empresas e mudanças pontuais nas regras de uso do meio de transporte.

O que aconteceu

A razão para a volta foi um decreto publicado em 30 de julho deste ano com uma atualização de regulamentação. Com isso, empresas, como a Whoosh, iniciaram o processo de credenciamento com a SMSUB (Secretaria Municipal das Subprefeituras) e definição das estações com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). A autorização final para início do serviço ocorreu na última semana.

Apesar da volta das patinetes, Prefeitura de São Paulo considera operação piloto. Por enquanto, só duas empresas estão habilitadas no CMUV (Comitê Municipal de Uso Viário) a oferecer o serviço: a Whoosh e a EasyJet, ambas com experiência de fornecimento da modalidade em outras cidades brasileiras. Companhias que encerraram a operação em 2020, como Uber e Grow, não estão entre as habilitadas.

Regras são parecidas com estabelecidas em 2019, quando a opção de transporte foi liberada na cidade. Há limite de velocidade e restrição de circulação em determinadas áreas.

A diferença é que as patinetes devem ficar em estações de distribuição. Antes, muitos usuários deixavam o transporte na calçada, impedindo a circulação de pedestres.

Patinetes deverão ser deixadas obrigatoriamente "estacionadas". Empresas dizem que equipamentos contam com GPS, e que isso impede que fiquem fora do local onde devem estar. Portanto, o uso só vai ser finalizado nos locais indicados. Em nota, a Prefeitura de São Paulo diz que companhias devem monitorar as patinetes e garantir o cumprimento das regras de circulação. Além disso, essas companhias deverão contar com uma equipe de campo para garantir que equipamentos sejam movidos quando deixados em locais não autorizados.

As regras para uso são:

  • transitar apenas em ciclofaixas, ciclovias e em vias com velocidade de 40 km/h;
  • não pode transitar em calçadas;
  • é proibido o uso por menores;
  • não pode transitar com passageiros;
  • velocidade máxima da patinete é de 20 km/h;
  • capacete é recomendado, mas não é obrigatório.

A operação piloto deve contar com patinetes elétricas em bairros nobres da cidade, como Itaim Bibi, Pinheiros e Jardim Paulista. A Whoosh já iniciou a operação com 1.000 patinetes e 88 estações de compartilhamento. A EasyJet, apesar de credenciada, ainda não iniciou sua operação por pendências no processo de análise de planos operacionais.

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Patinetes da EasyJet estacionados no Largo da Batata, no bairro de Pinheiros, em São Paulo
Patinetes da EasyJet estacionados no Largo da Batata, no bairro de Pinheiros, em São Paulo Imagem: Edson Lopes Jr./Secom

Uso dos patinetes envolve baixar aplicativo e liberar o acesso ao escanear o QR Code da patinete. Para desbloquear o equipamento da Whoosh (por enquanto, a única oferecendo o serviço), é cobrado R$ 2; na sequência, a cobrança da patinete é R$ 0,67 por minuto. O pagamento é feito por pix ou cartão de crédito no fim do uso.

O ano de 2020 teve desistência geral das empresas que forneciam o serviço. Com a pandemia de covid-19 e com as pessoas praticando o isolamento social, não fazia sentido manter o serviço. Tanto a Uber, com as patinetes da marca Lime, como a Grow, com as marcas Grin e Yellow, desistiram do ramo nas várias cidades onde atuavam.

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