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Contra estupro e assédio: como apps de transporte tentam proteger mulheres

Imagem: Getty Images

De Tilt, em São Paulo

25/12/2024 05h30

Uma passageira gravou um motorista de aplicativo no Rio se masturbando, enquanto dirigia o veículo. No trajeto, o homem tentou estuprar a garota, que conseguiu abrir a porta do carro e fugir.

Ainda que apps tenham uma série de mecanismos de segurança, mulheres ainda são suscetíveis a serem atacadas. No caso do Rio, a vítima conseguiu denunciar o agressor e ele foi preso por importunação.

Para reforçar as medidas de segurança, consultamos os principais aplicativos para saber sobre seus recursos e o que fazer em situações de insegurança vividos pelas mulheres (no caso do Rio, a PC-RJ não informou em qual app o motorista trabalhava).

Evite solicitar viagem para terceiros

Apps de transporte são baseados na avaliação tanto de motoristas e passageiros. Então, pedir corrida para um terceiro acaba "quebrando" a confiança estabelecida para as viagens.

Caso for necessário, as plataformas recomendam mudar o passageiro. Tanto 99 como Uber têm função para indicar a pessoa e seu número de telefone. O recurso é acessível ao escolher um destino e tocar na opção Alterar (na 99) ou tocando sobre o destino e mudando o campo "Para mim" (na Uber).

Cuidados ao pedir viagem sob efeito alcoólico

Mulheres sob efeito de álcool podem ser suscetíveis a assédio. Nesses casos, o recomendado é ir alguém acompanhando-a presencialmente ou compartilhar um link com um contato de confiança para monitoramento da viagem.

Uber e 99 têm a funcionalidade que possibilita acompanhar o trajeto de uma viagem na Central de Segurança (ícone de escudo). O recurso fica disponível assim que o motorista aceita a corrida.

Checando carro e nome de motorista

Antes de entrar no carro, confira a placa, modelo e foto do motorista. Se você notar alguma irregularidade, não entre no veículo e notifique a plataforma.

Uma medida adicional é perguntar ao motorista para quem é a viagem para evitar entrar no carro errado.

Sente-se no banco de trás

Além de ter mais espaço, é também uma forma de poder sair por quaisquer um dos dois lados do carro na hora do desembarque - o que pode ser uma facilidade em locais com muito trânsito.

Evite aceitar qualquer produto do motorista

Nos últimos anos, mulheres alegaram que motoristas de app tentaram dopá-las com spray ou com um pano. Por medida de segurança, é recomendado não aceitar qualquer tipo de produto químico, alimento ou outro serviço oferecido pelo condutor.

Caso perceba essa intenção, deve abrir a janela ou tentar descer do veículo. Pedir para o motorista parar é direito do consumidor.

Caso se sinta insegura

Uma opção discreta envolve fingir que está falando com alguém e compartilhar a localização da corrida com um terceiro. Isso poderá ajudar a conter uma potencial agressão.

No Uber e na 99, a função é acessível pela Central de Segurança, indicada pelo ícone de escudo.

Outra possibilidade é usar a gravação de áudio. O conteúdo pode ajudar a esclarecer incidentes, caso você se sinta desconfortável. Vale lembrar que o recurso funciona tanto para passageiros como motoristas.

Em casos extremos, acione o botão de emergência, que disca para a polícia local. Na cidade do Rio de Janeiro, a localização da pessoa é diretamente compartilhada com o serviço de emergência usar a funcionalidade - isso funciona tanto na Uber como na 99.

Envie seu feedback

Caso tenha algum problema de segurança, entre em contato com a plataforma, descrevendo o que ocorreu. A 99, por exemplo, permite que você bloqueie um motorista para evitar encontros futuros, caso a experiência não tenha sido boa. A função, diz a empresa, aparece quando a pessoa avalia a corrida com 4 estrelas ou menos.

A Amobitec, que representa apps de entrega e de transporte, informou em nota que "a segurança de usuárias e motoristas é uma prioridade" e que companhias investem para "buscar cada vez mais a proteção" para passageiros.

Além disso, entidade cita que aplicativos tem diálogo constante com o poder público para auxiliar na melhoria da segurança e que as pessoas contam com recursos de gravação de áudio, vídeo, compartilhamento de localização e ligações de emergência para a polícia.

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