Como funciona caixa-preta? Brasil estuda a de avião que caiu no Cazaquistão

Após a queda do jato E190 no Cazaquistão no dia 25 dezembro, as caixas-pretas da aeronave estão sendo analisadas no Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), em Brasília. Esses dispositivos são cruciais para elucidar as causas do acidente e prevenir futuras tragédias.

O que é uma caixa-preta

Gravador de voo registra informações essenciais. Também conhecida como gravador de voo, a caixa-preta armazena dados detalhados do trajeto, incluindo altitude, velocidade, condições meteorológicas e comandos emitidos durante o percurso.

Registra áudio. Além dos dados técnicos, o dispositivo capta conversas na cabine de comando, o que pode ser determinante para compreender a sequência de eventos que levou a um acidente.

Resistente a condições extremas. Projetada para suportar fogo (até 1.100°C por pelo menos 30 minutos), impacto e submersão, a caixa-preta é construída com materiais altamente resistentes, como titânio.

Onde ficam as caixas-pretas e por que elas têm esse nome?

Localização estratégica. Os dispositivos são instalados próximos à cauda da aeronave, uma área menos suscetível a danos severos em casos de colisões. Segundo o NTSB (Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA), essa posição aumenta as chances de preservação dos dados após um impacto.

Origem do nome. Apesar de sua cor laranja, que facilita a localização entre os destroços, o nome "caixa-preta" remonta aos primeiros modelos, que eram pintados de preto.

Quanto tempo de dados pode armazenar?

Capacidade de registro. Algumas caixas-pretas armazenam até 25 horas de informações de voo, abrangendo desde os parâmetros técnicos até a comunicação entre os pilotos.

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Localização submersa. O equipamento pode transmitir sinais a uma profundidade de até 4.200 metros, com um alcance garantido por no mínimo 30 dias, facilitando a recuperação em acidentes sobre corpos d'água.

História e evolução da caixa-preta

Invenção. Criada em 1953 pelo cientista australiano David Warren, a caixa-preta foi inicialmente concebida para capturar conversas na cabine, com o objetivo de identificar e prevenir erros em emergências.

Adoção global. Já na década de 1960, o dispositivo se tornou amplamente utilizado em voos comerciais, consolidando-se como uma ferramenta indispensável na aviação.

*Com informações de matéria publicada em 10/08/2024.

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