Zuckerberg cita 'tribunais' na América Latina e censura ao anunciar mudança
Mark Zuckerberg, CEO da Meta (empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp), citou, sem apresentar provas, que existem "cortes secretas na América Latina" e "institucionalização da censura" na Europa, ao anunciar mudanças em políticas de conteúdo.
O que aconteceu
Executivo anunciou fim de programa de checagem de fatos. O UOL Confere, estação do UOL para checagem e esclarecimento de fatos, faz parte dos programas de checagem da Meta no Brasil.
No lugar do programa, empresa adotará em suas plataformas (Facebook, Instagram e Threads) um sistema de notas da comunidade - usuários farão comentários, e pessoas poderão votar se aquilo faz sentido. A solução foi copiada do X e começará a ter efeito primeiro nos EUA.
Em vídeo, Zuckerberg adotou tom político. Ele cita que "cortes secretas na América Latina" pedem remoção de conteúdo e que na Europa há "institucionalização da censura".
A Europa tem um crescente número de leis que institucionalizam a censura, tornando difícil criar qualquer coisa inovadora por lá. Países da América Latina têm cortes secretas, que exigem que companhias removam conteúdos na surdina. A China censura nossos apps de funcionarem lá
Mark Zuckerberg
Executivo diz que vai se juntar ao Governo dos EUA contra "tendência global" a favor da censura. "Vamos trabalhar com o presidente Trump para resistir a governos ao redor do mundo, que vão contra empresas dos Estados Unidos, e que queiram censurar mais. (...). A única forma de resistir a essa tendência global é com o apoio do Governo dos EUA".
Mudanças além do fim da checagem de fatos
Imigração e gênero são temas que terão moderação mais leve. Em comunicado, a Meta informa que "não é certo que alguns assuntos possam ser ditos na TV ou em debates do Congresso, mas não em nossas plataformas".
Foco em moderação de conteúdo será em temas que a rede considera sérios, como terrorismo, drogas, golpes e exploração sexual. A companha diz que também contará com a notificação de usuários para lidar com esses temas.
Mais conteúdo político nas plataformas da Meta. A empresa afirma que desde 2021 reduziu conteúdos que tratassem do tema, baseado no pedido de usuários. Porém, com essas mudanças, a rede diz que terá uma "abordagem mais personalizada", permitindo que quem quiser, terá mais acesso a esses conteúdos em seus feeds.
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