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Tales: Zuckerberg coloca negócios em risco ao enfrentar Brasil e Europa

Mark Zuckerberg, CEO da Meta (empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp), corre risco de prejudicar seus negócios caso enfrente as leis brasileiras e europeias após anunciar o fim do programa de checagem de fatos, afirmou o colunista Tales Faria no UOL News desta quinta (9).

O executivo citou, sem apresentar provas, que existem "cortes secretas na América Latina" e "institucionalização da censura" na Europa. A mudança na política de conteúdo da Meta, que segue linha semelhante à do X (antigo Twitter), ocorrerá primeiro nos Estados Unidos e pode ser adotada em outros países.

Zuckerberg não tem essa bala toda para enfrentar os países como Musk tem. O Twitter é um brinquedinho e um instrumento para Musk fazer política, só isso. Mas a Meta é um negócio para Zuckerberg. É diferente. Se ele realmente se meter a enfrentar as leis da Europa e do Brasil, colocará em risco o negócio dele.

Moraes diz que 'ainda estamos atentos; tome cuidado porque não trataremos sua bravata com menosprezo e iremos para cima dela'. Isso é muito forte e influirá muito na decisão do Zuckerberg daqui para frente. O que a Europa fizer, o Brasil seguirá; o que o Brasil fizer, a Europa seguirá. Se ele desrespeitar a legislação brasileira, não tem jeito. Não temos como agir de forma diferente.
Tales Faria, colunista do UOL

Tales concordou com as declarações do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que defendeu a regulação das redes sociais no Brasil e afirmou que as big techs só atuarão no país se respeitarem as leis, independente de "bravatas de dirigentes irresponsáveis".

Estamos com um problema, já que o Congresso está com a regulamentação [das redes sociais] parada e que não andou porque Arthur Lira a engavetou. Pode ser que o Hugo Motta, que provavelmente será o futuro presidente da Câmara, venha a colocá-la em pauta novamente, mas isso não está claro. Ele não assumiu compromisso nem com um lado e nem com o outro.

Enquanto não colocar, valerá a decisão do Supremo Tribunal Federal, que diz estar atento contra essas bravatas. O nosso 'xerifão' continua de olho nelas e não as deixará andar. Fiquei muito feliz com a declaração do Xandão. A sociedade se sentiu um pouco mais protegida.
Tales Faria, colunista do UOL

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