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'Hacker fantasma': FBI alerta para que você não atenda esse tipo de chamada

Sora Shimazaki/ Pexels Sora Shimazaki/ Pexels
Imagem: Sora Shimazaki/ Pexels

De Tilt*, em São Paulo

10/02/2025 05h30

O FBI (Polícia Federal dos EUA) alerta que pessoas evitem atender o que eles chamam de 'hackers fantasmas' (ou golpe da falsa assistência técnica). Elas consistem em ligações em que golpistas se passam por uma instituição - geralmente bancos - para tentar obter ganhos financeiros.

O que aconteceu

Golpe tem crescido rapidamente nos EUA. Uma vítima de Chicago recebeu uma chamada de uma pessoa se passando por um funcionário de banco e perdeu US$ 20 mil. Segundo o FBI, golpes como este já causaram perdas de mais de US$ 500 milhões desde 2023.

O golpista dizia ser do Bank of America e alegava tentativa de ataque hacker na conta dela. Para se proteger, ela tinha que enviar o dinheiro para uma conta em específico.

A vítima acreditou, pois o número que apareceu era o mesmo que estava em seu cartão — isso costuma acontecer, pois golpistas usam uma tática chamada spoofing, na qual um atacante se passa por uma instituição legítima. No caso dela, apareceu o número do banco e o nome do banco no visor do celular.

Bancos nunca ligam pedindo para você fazer uma transferência. Esse foi o conselho que a agente especial Rachel LaRocque deu em depoimento ao canal ABC7, de Chicago (EUA). Ela ainda diz que as pessoas devem ser céticas a quaisquer pedidos feitos via chamada, pois os criminosos não fazem discriminação: querem dinheiro de quem está disposto a ceder.

Golpe foi por telefone, mas é comum também que ocorra por SMS, WhatsApp o e-mail. A abordagem é semelhante: geralmente uma mensagem ameaçadora, dizendo que se você não acessar aquele link, pode perder dinheiro. Em algumas ocasiões, é sugerido que a pessoa baixe algum programa.

Como evitar

Como nos EUA, bancos no Brasil nunca entram em contato solicitando a instalação de aplicativos, transferências ou enviam links para seus clientes sem que eles tenham pedido: na dúvida, entre você mesmo em contato com seu banco pelo número que fica atrás do seu cartão ou vá presencialmente até uma agência.

Não clique em links suspeitos: é sempre melhor entrar em sites oficiais e navegar por lá. Além disso, vale a pena verificar se o domínio do link é o mesmo da página oficial do site;

Não anote senhas no celular: não salve os códigos em arquivos e pastas, pois eles podem ser acessadas por invasores. Tente usar um gerenciador de senhas, que cria opções fortes e as preenche automaticamente nos diferentes serviços.

Varie as senhas entre os diferentes aplicativos: se você cair em algum golpe, o efeito será menos grave;

Atualize seus aplicativos: as atualizações devem vir de fontes oficiais, como lojas de aplicativo (como Play Store ou App Store), no caso de quem usa celular. Apple e Google atualizam frequentemente seus apps de chamada telefônica para tentarem barrar spam e tentativas de golpe.

Instale aplicativos apenas de fontes oficiais: os fabricantes de sistema operacional possuem um rigoroso processo de verificação, aprovação e publicação de aplicativos nas lojas oficiais. As fraudes partem de links e outros apps;

Use a autenticação de dois fatores: configure a autenticação em duas etapas nos principais aplicativos, especialmente naqueles que envolvem dinheiro. Ao adicionar mais uma etapa, na hora do acesso, você precisa colocar a senha e, em seguida, confirmar no e-mail, com SMS ou um token;

Desconfie sempre: mesmo se o link vier do banco ou de um amigo, ligue para eles, procure explicações. E fique de olho em matérias como esta, que deixa você atualizado sobre o 'golpe da vez'.

* Com informações da Forbes e ABC7


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