Falso militar e famosos: os golpes do amor mais comuns detectados pela Meta

Em boa parte do mundo, o Dia dos Namorados é comemorado em 14 de fevereiro, quando é celebrado o dia de São Valentim. Para alertar as pessoas sobre os golpes do amor, a Meta reuniu dicas das táticas mais comuns utilizadas e que já detectou em sua plataforma.

O que aconteceu

Golpe do amor é uma das formas mais comuns de tentar tirar dinheiro das pessoas. O primeiro contato geralmente é feito via redes sociais ou apps de relacionamento, e a conversa avança para um aplicativo de mensagens. A ideia é sempre ganhar a confiança da vítima e na sequência pedir algum valor financeiro ou participação em algum investimento lucrativo, detalhou a Meta em blog post em inglês.

Meta listou alguns dos mais comuns que aconteceram em suas plataformas:

Falso militar solitário: golpistas se passavam por militares dos EUA, que se diziam "solitários" e "buscando amor" em contatos via Facebook, Instagram, Threads e outras redes. Ao responder, eles chamavam a pessoa para uma outra rede (como WhatsApp, Telegram, Signal, Facebook Messenger. A partir daí, pediam transferência de dinheiro ou um cartão de presente.

Imitação de celebridades: golpistas se passavam por celebridades e começavam a postar em grupos ou em comentários imagens, e dizendo que estavam "buscando amor". Quando a vítima respondia, sugeriam que as pessoas fossem para apps de mensagem. Lá, pediam dinheiro ou criptomoeda, argumentando que estão com dificuldades financeiras ou simplesmente pediam presentes para os fãs.

Ache um parceiro rico: golpistas diziam que faziam parte de agência de encontros e que conectavam "homens ricos de países ocidentais" e mulheres africanas. Quem respondesse, recebia o link de um grupo de WhatsApp/Telegram e era solicitado um pagamento para receber o contato do "parceiro rico".

Comportamento automatizado

Meta diz que só no ano passado derrubou 408 mil contas relacionadas a golpes do amor. A maioria delas são de países africanos, como Nigéria, Costa do Marfim, Gana, Benim e Camarões.

Maioria dos golpes tinha como alvo pessoas da União Europeia, EUA, Japão, Austrália e Coreia do Sul.

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Língua não é um problema para os golpistas. David Agranovich, diretor de políticas de interrupção de ameaças globais da Meta, diz que os criminosos abusam do uso de inteligência artificial para conversar com pessoas de outros países. Ele ainda diz que ações mais sofisticadas usam deepfake do rosto (quando alguém se passas por uma celebridade numa chamada) ou voz (quando treinam uma IA com a voz de um famoso para fazer ela dizer o que for necessário).

Empresa informa que tem recurso para detectar pessoas que se passam por celebridades. De acordo com a empresa, eles comparam fotos de perfil de contas suspeitas com a de perfis de pessoas famosas. Se for muito parecido, eles derrubam a conta.

*Com informações da AFP

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