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Tablets mostrados na CES não são capazes de matar o iPad

Apesar de várias empresas lançaram tablets, nenhum se posicionou como "iPad Killer" - Divulgação
Apesar de várias empresas lançaram tablets, nenhum se posicionou como 'iPad Killer' Imagem: Divulgação

10/01/2011 13h15

Por Gabriel Madway

LAS VEGAS (Reuters) - Na semana passada, em Las Vegas, encontrar um tablet era mais fácil que encontrar um táxi.

Rivais determinados a impedir que a Apple domine o mercado de computadores tablet da mesma maneira que fez com o mercado de players digitais de música lançaram um maremoto de aparelhos dotados de telas de toque durante a Consumer Electronics Show (CES).

Este ano bem pode produzir um concorrente viável para o Apple iPad. Mas a CES só serviu para enfatizar a seriedade do desafio que eles enfrentam.

Do grande número de tablets exibidos na CES, os modelos apresentados pela Motorola e Research in Motion (RIM) se destacaram. Mas nenhum conseguiu se posicionar como matador de iPads, disseram os analistas. Alguns fornecedores mais preguiçosos parecem ter usado a feira como quadro-negro para mostrar ideias pouco desenvolvidas.

Rich Beyer, presidente-executivo da Frescale Semiconductor, que fabrica chips para computadores tablet, declarou em entrevista anterior à CES que as rivais da Apple ainda estão testando o mercado.

"Creio que muita gente está esperando que esse mercado não venha a ser como o do MP3, para a Apple", acrescentou.

Os rivais já começam com atraso, depois que a Apple agiu de modo agressivo para estabelecer o mercado de tablets, sacrificando a margem de lucro que a empresa sempre considerou como fundamental a fim de oferecer o iPad ao preço de 500 dólares.

Sem dúvida existe oportunidade para outros tablets, especialmente no caso de tamanhos de tela diferenciados e no mercado empresarial, no qual a Apple tradicionalmente não encontra grande sucesso. E a onipresença de tablets baseados no sistema operacional Google Android faz dele uma plataforma que a Apple não poderá ignorar.

O segmento dos tablets deve mais que triplicar, para mais de 50 milhões de unidades vendidas em 2011, e a Apple deve ser o fornecedor dominante por larga margem.

A despeito de sua grande vantagem inicial, ninguém espera que os concorrentes desistam. A Sony declarou que espera se tornar a segunda maior fabricante mundial de tablets em 2012, mas não mostrou modelo algum.

Paul Henri Ferrand, diretor de marketing ao consumidor da Dell, disse que "a Apple não deve esperar ter o mercado de tablets só para si."