Governo quer preço menor para roaming internacional
Por Leonardo Goy
BRASÍLIA (Reuters) - O governo quer iniciar uma negociação envolvendo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as operadoras de telefonia para reduzir o preço das tarifas cobradas para ativação de celulares brasileiros no exterior, o chamado roaming internacional.
"Nós temos que fazer uma negociação e ver como podemos regular isso e discutir os preços", disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a repórteres nesta quarta-feira.
"Acho que a única explicação para os preços (atuais) é que tem gente que paga, porque o preço é absolutamente exorbitante", complementou.
O roaming internacional é negociado pelas operadoras livrevemente, geralmente implicando em dupla cobrança --uma da operadora "visitada" e outra da operadora de origem, pelos serviços prestados.
A potencial redução dos preços de serviços de roaming pode refletir na receita de serviços de operadoras de telefonia móvel, como Vivo, TIM e Oi.
O governo também quer facilitar a cobrança do roaming para estrangeiros no Brasil, disse o ministro.
Bernardo conversou com jornalistas após participar, nesta quarta-feira, de seminário em Brasília sobre infraestrutura de telecomunicações para a Copa do Mundo e Olimpíadas.
Segundo ele, falta o equivalente a 200 milhões de reais em investimentos para implantar todo a rede necessária de fibras ópticas para a Copa do Mundo de 2014.
Além disso, o governo está preparado para fazer esse investimento por meio da estatal Telebrás, mas "parceiros privados são bem-vindos", de acordo com o ministro.
A ideia, disse Bernardo, é ter, em cada estádio do mundial, duas redes independentes, de modo a dar mais segurança à transmissão dos dados.
TABLETS
O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que também participou do evento, reiterou que em setembro começarão a ser produzidos computadores tipo tablets e smartphones no Brasil. "Até o Natal não vai faltar opção", disse o ministro também no mesmo seminário.
Há 15 empresas inscritas para entrar no negócio e fazer uso dos benefícios fiscais oferecidos pelo governo, e entre elas nove já tiveram a produção autorizada, segundo ele.
O governo federal incluiu em maio os computadores tablets na chamada Lei do Bem. Com isso, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide sobre estes dispositivos cai de 15 para 3 por cento. Além disso, a alíquota do PIS/Cofins foi zerada.
De acordo com a empresa de pesquisa IDC, as vendas de tablets no Brasil devem chegar a 300 mil unidades em 2011, com a maior movimentação ocorrendo nos seis últimos meses do ano.
Entre as companhias que já planejam fabricar tablets no Brasil estão a ZTE e a Foxconn, que fabrica o iPad.
(Por Leonardo Goy)
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