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Slim rejeita pedido da KPN de reduzir direitos de votos, diz jornal

Sara Webb

Em Amsterdã

19/06/2012 11h00

O empresário Carlos Slim, controlador da América Móvil, rejeitou o pedido do grupo holandês KPN de abrir mão de alguns direitos de voto se o grupo mexicano de telecomunicações conseguir elevar a fatia na empresa europeia, noticiou um jornal nesta terça-feira.

O vice-presidente financeiro da América Móvil, Carlos Garcia Moreno, disse ao jornal holandês Het Financieele Dagblad que o pedido da KPN de que a América Móvil desistisse de alguns direitos de voto era "inaceitável".

A companhia mexicana, principal geradora de receita de Slim, anunciou no mês passado uma oferta de compra de até 28 por cento da KPN, oferecendo 8 euros por ação. O prazo da oferta, considerada baixa pela KPN, vai até 27 de junho.

Uma porta-voz da KPN não pôde comentar imediatamente a matéria do jornal.

A KPN teme que, caso a América Móvil compre até 28 por cento da companhia, o grupo de Slim bloqueie decisões estratégicas, dado que não mais de 50 por cento dos acionistas tipicamente comparecem às reuniões.

"Da perspectiva da KPN, com um fatia de 28 por cento se pode conseguir muita influência, e eles (a KPN) querem limitar esta influência", disse Frank Claassen, analista do Rabobank.

Fora a oferta, a América Móvil tem comprado ações no mercado aberto a um preço menor e disse na segunda-feira que havia elevado a fatia na KPN para 8,46 por cento, quarto aumento em menos de duas semanas.