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Hackers atacam sites do governo britânico após caso Assange

Em Londres

21/08/2012 16h18

Hackers têm alvejado sites do governo britânico nas últimas 24 horas, informou o governo na terça-feira, depois que o grupo de ativistas hackers Anonymous disse ter lançado ataques para protestar contra a forma como vem sendo conduzido o caso do fundador do WikiLeaks, Julian Assange.

O gabinete do primeiro-ministro David Cameron informou que as tentativas de prejudicar o andamento dos sites fracassaram ou causaram problemas menores, embora o Ministério da Justiça tenha informado que o ataque afetou o seu site.

O incidente ocorre no momento em que Assange -- que tenta evitar a extradição para a Suécia, onde a Justiça quer interrogá-lo por conta de acusações de estupro -- permanece abrigado na embaixada do Equador em Londres. Ele e o governo equatoriano criticam o governo britânico por sugerir que a Grã-Bretanha poderá revogar o status diplomático da embaixada para entrar no edifício e prendê-lo.

"Este é um site de informações públicas e nenhum dado sigiloso é mantido nele. As medidas colocadas em vigor para manter o site ativo significam que alguns visitantes talvez sejam incapazes de acessar o site de forma intermitente", disse uma porta-voz do Ministério da Justiça.

O gabinete em Downing Street foi evasivo sobre o incidente. "Pode ter havido uma tentativa, mas até onde sabemos ela foi mal sucedida", afirmou uma porta-voz.

Todos os sites pareciam estar funcionando normalmente na terça-feira. O Anonymous, grupo de hackers internacional, sugeriu que estava por trás dos ataques relacionados ao caso Assange.

"O Justice.gov.uk parece estar offline. Estranho. #Anonymous #Assange", dizia um post do grupo no site do Twitter no momento dos ataques na noite de segunda-feira.

Depois o grupo acrescentou: "Desculpe pelo atraso. Esqueci dizer no3 #TangoDown aprox 1 hora atrás ;) number10.gov.uk/ #OpFreeAssange."

A Grã-Bretanha disse que Assange será preso e deportado se sair da embaixada, depois que o Equador lhe concedeu asilo político na semana passada. Ele diz que é vítima de uma caça às bruxas, liderada pelos EUA, por causa do seu site.