McAfee não vai voltar a Belize, está disposto a falar com polícia
Por Jim Finkle
14 Dez (Reuters) - O pioneiro de softwares norte-americano John McAfee disse que não vai retornar a Belize, onde a polícia quer questioná-lo sobre um caso de assassinato, mas está disposto a permitir que autoridades do país da América Central entrevistem-no em um "país neutro".
McAfee, 67, entrou na clandestinidade após seu vizinho norte-americano Gregory Faull ter sido assassinado. Ele viajou secretamente para a Guatemala, mas as autoridades do país deportaram-no para Miami na quarta-feira.
"Eu não vou voltar para Belize. Não quero ter nenhuma relação com o assassinato", disse McAfee, com aparência relaxada, em entrevista ao canal de televisão CNBC.
Policiais em Belize querem questionar McAfee na qualidade de "pessoa de interesse" no assassinato de Faull, embora autoridades do país afirmem que ele não está entre os principais suspeitos. McAfee disse que praticamente não conhecia Faull e não teve "absolutamente nada" a ver com sua morte.
A polícia de Belize diz que o tratado de extradição de seu país com os Estados Unidos se aplica apenas a suspeitos, uma designação que não engloba McAfee.
McAfee, um excêntrico pioneiro do setor tecnológico, fez fortuna com o software anti-vírus que carrega seu nome e morou em Belize durante quatro anos.
Ele acusou as autoridades de perseguirem-no porque ele se recusou a pagar 2 milhões de dólares em subornos, e que a tentativa de extorsão ocorreu após soldados armados atirarem em um de seus cachorros, destruírem propriedade sua e falsamente acusarem-no de operar um laboratório de metanfetamina.
O primeiro-ministro de Belize rejeitou as alegações, chamando McAfee de paranoico e "maluco".
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