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Publicidade online corre riscos em meio à guerra contra "fraude de cliques"

Jennifer Saba e Jim Finkle

Em Nova York e Boston

23/03/2015 13h33

Um número crescente de companhias norte-americanas, incluindo a MillerCoors e a AIG, estão intensificando a batalha contra fraudes de publicidade online com a exigência de provas de que seus anúncios são vistos por pessoas reais em vez de serem os computadores terem sido invadidos por hackers.

Incentivadas por um alerta em dezembro pela norte-americana Associação Nacional de Anunciantes (ANA) de que empresas estão perdendo 6,3 bilhões de dólares por ano para a chamada "fraude de cliques", estas companhias agora estipulam em contratos de anúncios que pagarão pelos anúncios online quando receberem provas de que humanos clicaram neles.

"Não queremos ficar pagando por tráfego de não humanos", disse o chefe global de publicidade da AIG, Mark Clowes, a maior seguradora comercial dos Estados Unidos.

No esquema, um criminoso infecta muitos computadores com softwares maliciosos e direciona as máquinas para visitarem uma pagína da web, clicarem num anúncio ou assistirem um vídeo. O tráfego falso faz um anunciante acreditar que o site é popular, e então paga para colocar anúncios e links no site.

Um estudo da empresa de segurança eletrônica White Ops para a ANA descobriu que esse mecanismo respondeu por quase um quarto das propagadas em vídeo online e 11 por cento dos anúncios exibidos. O estudo, publicado em dezembro envolveu 36 participantes incluindo a AIG e a MillerCoors.