Autoridades chinesas apertam o cerco em torno de conteúdo de vídeos online
PEQUIM (Reuters) - Pequim fechou os serviços de vídeo online de três sites populares da mídia chineses em uma ação rápida que levou a uma reação no mercado acionário e alertou a indústria de vídeo online do país.
As ações de empresas de internet da China caíram depois de notícias sobre o bloqueio, com a Weibo Corp recuando 6,1 por cento, enquanto a Sina Corp, que tem participação na Weibo, caiu 4,8 por cento. Isso equivale a uma perda de valor de mercado conjunto das duas empresas de 1,3 bilhão de dólares.
O serviço Sina Weibo, similar ao Twitter, o popular site de vídeo online ACFUN e o portal de notícias iFeng.com terão que parar os serviços de transmissão de vídeo que violam os regulamentos do país, afirmou na quinta-feira o agente regulador de TV e filmes.
"Isso proporcionará um espaço de internet limpo e claro para um grande número de usuários online", afirmou a Administração Estatal de Imprensa, Publicação, Rádio, Cinema e Televisão em uma breve declaração em seu site.
Embora o movimento possa assustar a crescente indústria de entretenimento da China, analistas esperam que os provedores de mídia social do país possam se adaptar a um ambiente regulatório mais rigoroso, mesmo com ofertas de conteúdo mais limitadas.
Pequim controla firmemente a internet e proíbe conteúdo que considera ameaçador ou prejudicial para a identidade nacional da China. O governo tem visado cada vez mais a indústria de internet em expansão do país.
O órgão regular não deu previsão de duração da proibição, mas analistas dizem que é mais do que provável que os serviços sejam reabertos com supervisão reforçada.
O fechamento dos serviços de vídeo online acontece depois do polêmico encerramento das atividades de 60 contas na mídia social de fofocas de celebridades pela autoridades chinesas, que alegaram que os sites eram de mau gosto e não "propagavam ativamente os principais valores socialistas".
Vários portais de vídeo online, incluindo o iFeng, foram repreendidos publicamente nos últimos seis meses pela realização de entrevistas em tempo real e outras atividades de coleta de notícias sem autorização do Estado.
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