Uber dirá em tribunal do trabalho do Reino Unido que opera como rivais
LONDRES (Reuters) - A Uber defenderá seu modelo de negócio em um tribunal de trabalho britânico na próxima quarta-feira, argumentando que seus motoristas são trabalhadores autônomos e operam da mesma forma que nas empresas de táxis locais estabelecidas há muito tempo, de acordo com um documento judicial.
A empresa norte-ameriana apelou de uma decisão do tribunal no ano passado, determinando que deveria tratar dois de seus motoristas como empregados, o que lhes daria direito a salário mínimo e férias remuneradas.
Esse veredito poderia afetar milhares de empresas britânicas na chamada "economia gig" ou "economia freelance", em que as pessoas trabalham para várias empresas ao mesmo tempo sem contratos fixos, proporcionando mais flexibilidade a ambas as partes.
Tais práticas foram criticadas por alguns sindicatos e trabalhadores como exploradoras e a gigante do Silicon Valley tentará se distanciar no seu recurso judicial de ser classificada como uma empresa de economia gig.
O caso procurará colocar o modelo comercial da Uber dentro de definições usadas no Reino Unido para categorizar a relação entre empresas e pessoas que trabalham para elas.
A audiência ocorre cinco dias após o regulador de transportes de Londres ter decido não renovar a licença do aplicativo de transporte urbano, julgando a empresa imprópria para administrar um serviço de táxi devido à sua abordagem para relatar crimes graves e verificar antecedentes dos motoristas. [nL2N1M31G8]
De acordo com os documentos, a Uber argumentará na quarta-feira que seus motoristas não são funcionários da empresa, mas que seu aplicativo atua como um agente que conecta motoristas autônomos com clientes, em uma espécie de relacionamento que existia muito antes da "economia do bico".
"Na verdade... o cargo de motoristas que utilizam o aplicativo é idêntico à posição de trabalhadores autônomos de motoristas privados de empresas tradicionais de minicabs".
Minicabs, ou carros particulares de táxi, surgiram na Grã-Bretanha há mais de 50 anos. Os minicabs não podem acionados na rua como os táxis tradicionais, mas as corridas podem ser reservadas ou solicitadas por telefone ou via internet.
(Por Costas Pitas)
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