Huawei pretende desafiar Apple e Samsung em tecnologia e preços
LONDRES/HONG KONG (Reuters) - A chinesa Huawei revelou uma nova linha de celulares que iguala ou melhora os principais recursos oferecidos pela Apple ou Samsung por preços menores que os das rivais.
A Huawei pretende se distinguir através dos avanços tecnológicos que a colocam em iguais condições com os dispositivos mais cobiçados, com preços premium, ajudando a aumentar a rentabilidade que foi prejudicada por descontos pesados na busca por uma fatia de mercado.
O lançamento do produto desta segunda-feira em Munique introduziu a nova série Mate 10 da Huawei, promovendo câmeras, telas e baterias de alta tecnologia, mas a preços em torno de 15 a 30 por cento menores que os dos celulares equivalentes de Apple e Samsung.
Com os modelos mais recentes da Apple agora no mercado, a Huawei equilibrou o cenário com o Mate 10 e o Mate 10 Pro, apresentando, respectivamente, telas de 5,9 polegadas e 6 polegadas, bem como baterias de carga rápida que sustentam dois dias de uso intenso.
Talvez a característica mais distintiva da série Mate 10 seja a capacidade de reconhecimento de imagem - um recurso de inteligência artificial que pode distinguir pessoas, flores ou outros objetos em diferentes condições de luz ou clima. O Mate 10 também possui câmeras com lentes Leica de alta qualidade.
Embora a Huawei tenha focado mais em celulares premium e reduzido sua vontade de conquistar fatias de mercado a qualquer custo, a empresa ainda tem um longo caminho a percorrer.
A Apple captura quase dois terços dos lucros do setor de smartphones e a Samsung obtém cerca de um quarto, enquanto a Huawei e as concorrentes chinesas operam com margens pequenas, de cerca de 4 por cento, estimou a Counterpoint Research.
Estas margens modestas limitam a Huawei em relação a mais descontos.
"Hoje o nosso produto está cada vez melhor, mas o desafio é a nossa marca", disse o chefe do negócio de consumidores da Huawei, Richard Yu, à Reuters no mês passado. "Muitas pessoas não conhecem não conhecem a Huawei".
(Por Eric Auchard, Sijia Jiang e Miyoung Kim)
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