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Banco Inter pede registro de companhia aberta; prevê IPO no 1º semestre de 2018

03/11/2017 13h34

SÃO PAULO (Reuters) - O Banco Inter, instituição financeira da família Menin, que controla a construtora MRV, pediu registro de companhia aberta e faz planos para estrear no pregão da bolsa paulista na primeira metade de 2018.

"As coisas estão andando mais rápido que planejávamos e resolvemos deixar tudo preparado logo", disse à Reuters nesta quarta-feira o presidente-executivo do banco Inter, João Vítor Menin.

O executivo havia adiantado à Reuters em fevereiro planos para multiplicar por 10 a base de clientes e para abrir o capital no fim do ano que vem. Na época, o banco tinha cerca de 100 mil correntistas.

"Chegamos ontem a 300 mil e estamos achando que a meta de 1 milhão para o fim do ano que vem daqui a pouco pode ficar obsoleta", disse Menin.

Ele comentou que já vem conversando com executivos de bancos de investimentos que podem ser os coordenadores de um IPO, o que pode acontecer nos primeiros meses de 2018.

O Inter divulgou nesta quarta-feira que suas operações de crédito subiram 5,7 por cento em 12 meses até setembro, para 2,4 bilhões de reais. Nos primeiros nove meses do ano, o banco teve lucro de 32,5 milhões de reais, alta de 50,5 por cento ante mesma etapa de 2016.

INTERESSADOS

Simultaneamente, afirmou Menin, o Banco Inter vem sendo sondado por investidores do Brasil e do exterior que mostraram interesse em ser sócios.

De acordo com o executivo, o interesse dos atuais acionistas é de que o Inter mantenha atuação independente dos grandes conglomerados financeiros.

Junto com a plataforma digital de cartões de crédito Nubank, o Inter tem tido grande destaque entre as fintechs, que se multiplicaram rapidamente no país nos últimos dois anos, apoiados fortemente em ofertas como isenção de tarifas.

A corrida do Inter acontece num momento de intensa movimentação entre as fintechs brasileiras, após o Banco Central ter colocado em audiência pública no fim de agosto uma proposta de regulação para o setor.

(Por Aluísio Alves)