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Diretor da Huawei é detido por suspeitas de corrupção na China

27/12/2017 13h18

Por Sijia Jiang

HONG KONG (Reuters) - A Huawei Technologies, terceira maior fabricante de celulares do mundo, disse nesta quarta-feira que a polícia chinesa está realizando uma investigação, depois que o diretor de vendas para a China de sua unidade de celulares foi detido sob suspeita de aceitar subornos.

A empresa, que nos últimos anos ultrapassou a Apple e outras companhias ao conquistar a maior parte do mercado de celulares da China, mas agora está sob pressão de rivais domésticos de rápido crescimento, recusou-se a divulgar detalhes do caso.

"As autoridades estão investigando o assunto e seguimos a sua recomendação quanto ao que pode ser divulgado", disse a Huawei em comentários enviados por email à Reuters quando perguntada sobre o caso. "Tratamos a ética em nossos negócios com extrema seriedade e temos tolerância zero para comportamento corrupto", acrescentou.

Em um memorando interno, no entanto, a Huawei disse que Teng Hongfei, diretor de vendas na China da divisão de negócios de consumo, foi detido como "suspeito de aceitar subornos como um funcionário não estatal".

A Reuters não conseguiu contatar Teng ou um representante para comentar o assunto.

Desde 2014, quando o executivo se juntou à Huawei, a empresa superou a Samsung, Apple, Xiaomi e a Lenovo Group, se tornando a maior fabricante de celulares da China. Mas sua posição no maior mercado de celulares do mundo passou a ser ameaçada em 2016 por competidores como OPPO e Vivo, e os resultados da Huawei foram impactados.

A empresa tem uma participação de 22,3 por cento no mercado de celulares da China, seguida da OPPO com 21,6 por cento, de acordo com os dados do terceiro trimestre da empresa de pesquisa IDC, que acompanha o setor.

A Huawei tem mais de 180 mil funcionários e assumiu uma série de ações de alto nível nos últimos anos para combater corrupção. Em janeiro, Ren Zhengfei, fundador da empresa, realizou uma cerimônia de votos com diretores que juraram não se envolver em corrupção e, em 2014, uma inspeção interna identificou 116 funcionários que violaram suas políticas anticorrupção.

(Por Sijia Jiang)