Lei alemã contra discurso de ódio é questionada após bloqueio do Twitter a conta de revista satírica
BERLIM (Reuters) - A conta de Twitter de uma revista satírica alemã foi bloqueada depois de fazer uma paródia de comentários antimuçulmanos, informou a publicação nesta quarta-feira, o que a associação nacional de jornalistas disse mostrar o lado negativo de uma nova lei contra o discurso de ódio na internet.
A revista Titanic zombava de Beatrix von Storch, política do partido de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) que acusou a polícia de tentar "apaziguar as hordas de homens bárbaros muçulmanos estupradores" publicando um tuíte em árabe.
O Twitter suspendeu brevemente a conta de Von Storch, e procuradores estão analisando se seus comentários equivalem a um incitamento ao ódio.
A Titanic publicou sua sátira no final da terça-feira em um tuíte de mentira de Von Storch à polícia dizendo: "A última coisa que quero são hordas de homens bárbaros muçulmanos estupradores apaziguados".
Nesta quarta-feira a revista disse que sua conta de Twitter foi bloqueada por causa da mensagem, o que deduziu ser resultado da lei que entrou plenamente em vigor no dia 1º da janeiro e que pode impor multas de até 50 milhões de euros a redes sociais que não retirarem discursos de ódio rapidamente.
"Estamos chocados", disse o editor da Titanic, Tim Wolff, no site da publicação, acrescentando que a chanceler alemã, Angela Merkel, e o ministro da Justiça, Heiko Maas, prometeram que a lei não teria este tipo de efeito.
Um porta-voz do Twitter disse que a empresa não fala sobre contas individuais por motivos de privacidade e segurança.
(Por Emma Thomasson)
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