Waymo aceita US$245 mi para encerrar disputa com Uber sobre segredos comerciais em carros autônomos
Por Alexandria Sage e Dan Levine
SAN FRANCISCO (Reuters) - A Waymo, unidade de veículos autônomos da Alphabet, e a empresa de transporte urbano por aplicativo Uber Technologies concordaram em encerrar uma disputa legal sobre segredos comerciais.
O acordo anunciado nesta sexta-feira foi feito antes do início do quinto dia de depoimentos em um julgamento na corte de San Francisco.
A Waymo processou o Uber no ano passado, alegando que um de seus antigos engenheiros que se tornou chefe do projeto de direção autônoma do Uber levou com ele milhares de documentos confidenciais. O Uber demitiu o engenheiro após o processo da Waymo.
O acordo permite que o novo presidente-executivo da Uber, Dara Khosrowshahi, coloque outro escândalo para trás e avance com o desenvolvimento de tecnologia de direção autônoma após a tumultuada liderança do ex-presidente Travis Kalanick, que testemunhou no julgamento terça e quarta-feira.
Como parte do acordo, o Uber concordou em pagar o equivalente a cerca de 245 milhões de dólares, de acordo com um representante da Waymo. A conclusão inclui ainda um acordo "para garantir que qualquer informação confidencial da Waymo não seja incorporada no hardware e software do Uber Advanced Technologies Group".
Em conversas sobre o acordo no ano passado, a Waymo buscava pelo menos 1 bilhão de dólares do Uber e queria um monitor independente para garantir que o Uber não usasse tecnologias da Waymo no futuro. A Waymo também queria um pedido de desculpas.
Entretanto, Khosrowshahi expressou "arrependimento" pelas ações da empresa em um comunicado.
"Embora não acreditemos que nenhum segredo comercial tenha passado da Waymo para o Uber, nem acreditamos que o Uber tenha usado qualquer informação proprietária da Waymo em sua tecnologia de direção autônoma, estamos tomando medidas com a Waymo para garantir que o (programa de condução autônoma) Lidar represente apenas o nosso bom trabalho", disse Khosrowshahi em um acordo.
No processo a Waymo disse que um de seus antigos engenheiros, Anthony Levandowski, baixou mais de 14 mil arquivos confidenciais contendo desenhos para veículos autônomos em dezembro de 2015. O engenheiro começou a trabalhar como líder da unidade de veículos autônomos da Uber em 2016.
O caso dependia de se o Uber usou os segredos comerciais para promover o seu programa de autônomos.
Levandowski nunca falou publicamente sobre as acusações e a justiça não acusou ninguém de roubo. O engenheiro não foi réu no caso.
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